Nostallgia Brasil: Sonic the Hedgehog

Sonic the Hedgehog foi a resposta da Sega ao mascote da Nintendo, Mario. Depois de ter tentando emplacar o personagem Alex Kidd como o rosto da empresa entre 1986 e 1989 sem sucesso, a Sega reuniu o que ela considerou ser os seus melhores empregados para a criação de um mascote que batesse de frente com a Nintendo e ao mesmo tempo mostrasse o poder do BLAST PROCESSING do Mega Drive. Inicialmente foi dado um prazo de 12 meses para o projeto mas o primeiro jogo só ficou pronto após 19 meses em desenvolvimento.

Quando finalmente foi lançado em 1991, Sonic the Hedgehog impressionou não apenas pela sua velocidades e cores vivas, mas também pelo fato de uma grande criação como aquela ter sido lançada em um cartucho de apenas 4-MBIT. A Sega finalmente havia criado algo próprio que fez a Nintendo ficar realmente preocupada com o seu futuro, e claro que vários outras continuações, ports e produtos seguiram o lançamento do jogo, mas nem tudo foram flores no caminho.

Como a Sega queria uma resposta imediata ao primeiro lançamento, ela entregou o desenvolvimento de Sonic the Hedgehog 2 para um Executivo da Sega of America e isso irritou muito o time original do jogo, que praticamente consideravam Sonic como seu "filho". Porém, a Sega necessitava da criação de mais jogos do personagem ao mesmo tempo, então ficou sob a responsabilidade do time original em levar a franquia para o recém lançado Sega CD. E foi assim que nasceu Sonic the Hedgehog CD.

Depois do sucesso ainda mais devastador com Sonic the Hedgehog 2, a Sega novamente decidiu seguir um caminho diferente para o terceiro jogo e escalou não apenas os responsáveis pelo jogo original e Sonic CD, como também a maior equipe já colocada em função para produzir o jogo. O projeto foi tão grande que dizem que até mesmo Michael Jackson, que era um grande fã da Sega, estava envolvido na composição das músicas do jogo. Alguns dizem que ele deixou o projeto depois que ele viu que não conseguiria alcançar um nível musical desejável devido as limitações nos canais de áudio do Mega Drive e outros dizem que ele nunca participou do projeto, mas vale a pena a menção.

A Sega tinha grandes planos para Sonic the Hedgehog 3. O projeto não contava apenas com um título novo, mas também o jogo/add-on Sonic & Knuckles. Esse cartucho foi lançado poucos meses após Sonic the Hedgehog 3 e servia como um add-on de conteúdo para a série: se colocasse o cartucho de Sonic 2 em cima dele, era possível jogar com Knuckles neste jogo, e fosse Sonic 3 jogaria a história completa do jogo com 32 fases, 3 personagens, 14 esmeraldas e algumas novidades como Super Tails e um final completo para a trilogia.

E não foi apenas no Mega Drive que o jogo foi bem. A Sega estava tentando mais uma vez difundir o Master System no mercado estadunidense, então através de uma parceria com uma loja de franquias de brinquedos e um estúdio propriamente criado para a produção do jogo por Yuzo Koshiro chamado Ancient, Sonic the Hedgehog ficou pronto 2 meses após o lançamento da versão 16-BIT e recebeu tantos elogios quanto, porém o plano da Sega de emplacar o Master System na região falhou.

Por causa disso, outro estúdio assumiu a série em 8-BIT (Aspect) e a plataforma base para o jogo se tornou o Game Gear, mas o Master System continuava a receber as suas versões na Europa e Brasil. Sonic the Hedgehog 2 no Game Gear marcou a estria do personagem Tails antes mesmo da versão Mega Drive ser lançada. E o personagem recebeu o seu reconhecimento em seguida com 2 títulos próprios lançados no Game Gear. E claro, spin-offs da série não faltaram pra todas as plataformas, inclusive Arcades e outros jogos como Knuckles Chaotix que exploram outros personagens com uma fórmula diferenciada.

O que se seguiu depois de Sonic the Hedgehog 3, infelizmente, não foram boas notícias. Com o lançamento de uma nova plataforma, a Sega queria mais uma vez emplacar outro mascote para renovar sua imagem, porém o personagem escolhido pela mesma (Bug!) acabou não caindo no gosto dos jogadores e para a alegria de todos a série continuou com Sonic Adventure no Dreamcast e depois continuando em plataformas da Nintendo, Microsoft e Sony quando a Sega parou de fabricar consoles.