Shinobi


Apesar de não carregar mais o peso que teve durante muitos anos, a franquia Shinobi é uma das mais bem sucedidas e longas séries da história da Sega. Quando foi lançado pela primeira vez em 1987 nos Arcades, SHINOBI trouxe um jogo desafiador, cheio de referências à cultura pop e uma música tema que acabou virando a marca registrada da série. Naquele formato clássico de plataforma 2D dos Arcades, o principal objetivo do jogo era resgatar os estudantes do clã Musashi sequestrados pela Organização Zeed, que busca a dominação mundial.

Depois de uma recepção um pouco dividida em seu console Master System, a Sega decidiu montar dois times diferentes: um para a criação de um novo Arcade da série, ainda mais desafiador, além da introdução do parceiro de canino de Joe Musashi em SHADOW DANCER; enquanto o outro time ficou à cargo de desenvolver um jogo da série nos moldes do Mega Drive, o seu próximo console... E foi ai que nasceu o clássico THE REVENGE OF SHINOBI. Ambos lançados em 1989, acabaram sendo bastante elogiados pelas suas qualidades, porém a série nem sempre caiu na mão de estúdios talentosos.

THE CYBER SHINOBI acabou sendo a resposta que a Sega gostaria de dar aos jogadores que não gostaram tanto assim das versões anteriores de SHINOBI e SHADOW DANCER no Master System, porém o resultado foi desastroso. O framerate não ficou legal, a detecção de colisão é fraquíssima e isso só ajudou a fechar o caixão da série na plataforma. Porém, não foi o último título que a empresa produziria para um sistema 8-BIT.

Depois de terminar o lançamento de SHADOW DANCER: THE SECRET OF SHINOBI em 1990, uma versão exclusiva para o Mega Drive que contém história, mecânicas e fases completamente inéditas em relação as outras versões de SHADOW DANCER, Essa talvez seja a versão mais difícil de todas, mas o seu companheiro canino não larga o pé até você terminar.

Com uma "mãozinha" do seu grande compositor recém-contratado Yuzo Koshiro, a Sega lançou THE G.G. SHINOBI no Game Gear em 1991 seguindo uma linha completamente diferente do restante da série até aquele momento: aqui Joe Musashi passa por quatro fases diferentes, resgatando seus amigos do cativeiro e que depois unem forças com ele e podem ser usadas suas habilidades próprias para superar os desafios com maior facilidade dependendo da situação. Essa mesma fórmula foi repetida em THE G.G. SHINOBI 2: THE SILENT FURY em 1992, porém com gráficos e jogabilidade aprimoradas.

Já para o seu próximo lançamento, que viria a se chamar SHINOBI III: RETURN OF THE NINJA MASTER, a Sega enfrentou alguns problemas no caminho: devido à grande demanda de projetos que estava cuidando na época, a empresa ficou muito insatisfeita com o nível que o estúdio havia alcançado até aquele momento com o jogo e decidiu não apenas descartar tudo o que havia sido feito até aquele momento como decidiu juntar dois estúdios ao mesmo tempo para desenvolver o jogo para o seu lançamento em 1993. O resultado final não poderia ter sido outro: até hoje SHINOBI III é considerado por muitos como o ápice da franquia, não apenas no Mega Drive mas como um todo.

O que veio depois, porém, nunca alcançou esses níveis novamente, embora hajam alguns jogos bons. Com SHINOBI LEGIONS, a Sega embarcou na tendência da época e incluiu não apenas sprites digitalizados no jogo mas como também cenas em FMV para contar a história, porém o resultado final não foi dos melhores. Esse jogo também marcou como sendo o último jogo da série a ser produzido por estúdios principais da Sega, que começou uma fase experimental com a franquia.

O próximo jogo, chamado por muitos de SHINOBI "2002", é um reboot criado pela Overworks, um estúdio interno da Sega que trabalhou em jogos como Wonder Boy in Monster Land e Clockwork Knight. O primeiro jogo com movimentação 3D e gráficos poligonais, embora tenha um bom nível de desafio e uma história até interessante, acabou sendo ofuscando por jogos mais polidos da época como Devil May Cry e Onimusha da Capcom e acabou ficando conhecido apenas pelo seu nível de dificuldade insano, que só recebeu uma dificuldade para iniciantes na versão europeia.

Depois disso, a 3d6 Games, empresa que desenvolvia jogos pra Game Boy Color e Advance, produziu uma versão inteiramente nova de THE REVENGE OF SHINOBI para o Game Boy Advance que tem gráficos excelentes mas infelizmente ficou devendo no departamento de jogabilidade e sonoro. Foi uma grande oportunidade perdida, visto que o portátil da Nintendo seria uma grande possibilidade de recriar aquela era de ouro da série.

Ainda não desistindo da série, o estúdio Overworks, que agora se chamava Sega Wow, desenvolveu uma continuação para o Shinobi 2002 chamada NIGHTSHADE na qual controlamos Hibana, a parceira de Hotsuma em Shinobi, em uma história que se passa antes do jogo anterior. Acertando mais que no jogo anterior, o único pecado foi nunca ter sido lançada uma verdadeira continuação para a série, visto que esse foi o último jogo da série lançado com esse propósito.

O Shinobi de 2011 da Griptonite Games, lançado para Nintendo 3DS, é um daqueles jogos que nascem de ideias boas mas faltou aquele polimento necessário para poder se aproveitar melhor. Os controles não funcionam muito bem e os gráficos são bastante serrilhados, dificultando a visualização e a locomoção na hora do combate. Alguns mini-games legais usando a tela de toque estão presentes, mas nada que salve os erros da proposta principal do jogo.

Com a volta de Sonic, Alex Kidd e Streets of Rage em um formato clássico mas feito com gráficos 2D em alta definição, parece que a ideia de ter um novo jogo de Shinobi não está tão longe. Mas será que a Sega ainda teria interesse à essa altura do campeonato?


[O INÍCIO]

[LANÇAMENTOS 8-BIT]
The Cyber Shinobi (1990, Master System) [**]
The G.G. Shinobi (1991, Game Gear) [**]
The G.G. Shinobi II: The Silent Fury (1992, Game Gear) [**]

Shinobi Legions (1995, Sega Saturn) [*]

[PORTÁTEIS NINTENDO]
The Revenge of Shinobi (2002, Game Boy Advance) [**]
Shinobi (2011, Nintendo 3DS) [**]


Legenda:

[*] Post que será atualizado em breve.

[**] Futuro post no Blog!

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