quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Mortal Kombat II



Mortal Kombat II (Midway, Midway T-Unit) - Lançado em 25 de Junho de 1993, é o segundo jogo da série Mortal Kombat e trás uma série de melhorias na jogabilidade e nos gráficos, além de expandir vários mitos da versão original. Notavelmente, o jogo introduziu vários tipos de Fatalities e novos personagens icônicos da série como Mileena, Kitana, Kung Lao e o principal vilão da franquia: Shao Kahn.

O jogo foi um sucesso sem precendentes e é bastante aclamado pelos críticos, incluindo vários prêmios e várias listas de "TOP Jogos" ao passar dos anos, mas também aumentou ainda mais a controvérsia dos videogames ao aumentar ainda mais a violência do jogo. Um dos seus legados é um spin-off chamado "Mortal Kombat: Shaolin Monks" e ser a maior influência no reboot de 2011 chamado apenas de "Mortal Kombat".

Jogabilidade

A jogabilidade de Mortal Kombat II é uma extensão da presente no jogo anterior. Algumas mudanças foram feitas nos golpes normais: um soco abaixado foi adicionado, chutes baixos e altos agora são diferenciados (quando abaixado ou em pé) e o chute rotatório agora causa um dano mais alto e derruba o oponente para longe. Os personagens que retornaram do jogo anterior também ganharam novos golpes especiais.

Entretanto, cada personagem ainda compartilha de atributos genéricos (velocidade, força, salto e tempo no ar) e apesar de terem diferentes estilos, todos os golpes normais são quase iguais para todos. O jogo roda em uma velocidade um pouco mais rápida do que o anterior também.

O sistema de pontos do primeiro jogo é deixado pra trás em favor de um rótulo de vitórias. As lutas são divididas em 2 rounds e o primeiro jogador que ganhar 2 rounds será o vencedor; é nessa hora que o inimigo ficará vulnerável e o vencedor tem a oportunidade de dar um golpe de finalização.

A grande novidade aqui foi a introdução de vários Fatalities, assim como golpes não letais. O jogo oferece também, Batalities (transformar o oponente em um bebê chorão), Friendships (uma brincadeira com o oponente, aonde acontecem danças ou um presente é dado ao oponente derrotado) e finalizações específicas dependendo da fase (é possivel derrubar o inimigo abismo abaixo, nas estacas presas no teto ou uma piscina de ácido no fundo. Essas finalizações, porém, não podem ser feitas contra chefes e personagens secretos, que por sua vez também não possuem esses golpes.


História

Seguindo a sua derrota para Liu Kang no primeiro torneio, o feiticeiro Shang Tsung implora para o seu mestre Shao Kahn, líder supremo do Outworld e reinos próximos, para poupar a sua vida. Ele diz para Shao Kahn que o convite para o Mortal Kombat não pode ser revogado, e se o torneio acontecesse em Outworld, os guerreiros da Terra deveriam comparecer.

Kahn concorda com o seu plano e até restora a juventude de Shang Tsung. Ele então extende o convite para o deus do trovão e protetor da Terra, Raiden, que junta os guerreiros e os leva para o Outworld. O novo torneio é muito mais perigoso e como o imperador tem a vantagem do território, uma vitória de Outworld fazia com que a Terra se submetesse à ele.

Abaixo você pode conferir a abertura inclusa no jogo traduzida:

*infelizmente, a fonte do jogo não aceitava acentos.



Personagens

Ao contrário do primeiro jogo, aonde o roteiro e a história dos personagens eram bem vagos e simples, aqui o plano de fundo era mais complexo e trazia também alguns nomes que eram apenas citados no primeiro jogo, como é o caso de Shao Kahn. Alguns personagens secretos se tornararam selecionáveis, como é o caso de Reptile.

Além disso, com todo o sucesso por trás do primeiro jogo, eles puderam contar com um número maior de atores para representar os personagens, o que gerou uma certa diversidade em relação ao jogo anterior. Abaixo vocês podem conferir a ficha dos personagens selecionáveis do jogo:



Lista de Atores:

Personagem (Ator)

Johnny Cage (Daniel Pesina)
Liu Kang (Ho Sung Pak)
Raiden (Carlos Pesina)
Reptile (Daniel Pesina)
Scorpion (Daniel Pesina)
Shang Tsung (Philip Ahn M.D.)
Sub-Zero (Daniel Pesina)
Baraka (Richard Divizio)
Jax Briggs (John Parrish)
Kitana (Katalin Zamiar)
Kung Lao (Anthony Marquez)
Mileena (Katalin Zamiar)

Chefe e Sub-Chefe:

Kintaro (Animação por John Vogel)
Guarda pessoal de Shao Kahn, é enviado pela sua raça para vingar a morte de Goro.

Shao Kahn (Brian Glynn, dublado por Steve Ritchie)
O Imperador do Mal em Outworld, que deseja conquistar a Terra de qualquer jeito.


Personagens Secretos

No primeiro jogo, Reptile aparecia esporadicamente para dar dicas de como enfrentá-lo e ganhar uma pontuação especial caso o derrotasse. Em MK II, os personagens da vez são Jade (Katalin Zamiar), Smoke e Noob Saibot (Daniel Pesina)

Para enfrentar Smoke, é preciso lutar no estágio "The Portal" e fazer com que Dan Forden apareça e fale "Toasty!"; é nessa hora que você deve segurar pra baixo no controle e apertar Start. Você será teletransportado para o estágio "Goro's Lair" aonde você o enfrenta-rá. Ele é mais ou menos igual a Reptile no MK1, com golpes e habilidades dos 3 ninjas do jogo e com velocidade maior que os personagens normais.

Para enfrentar Jade, é um pouco mais dificil: na luta antes da "?" é preciso ganhar um dos rounds apenas com o chute baixo e o direcional (não pode usar nenhum golpe especial) e no outro round pode ser lutado normalmente. Depois que você derrotar o inimigo, será automaticamente teletransportado para o "Goro's Lair" aonde você enfrentará Jade, que tem as mesmas habilidades de Kitana e Mileena, sendo que ela é imune a projéteis.

Para enfrentar Noob Saibot é ainda mais complicado: é preciso ganhar 50 lutas seguidas no modo Versus. Assim que você conseguir essa proeza, será automaticamente teletransportado para o "Goro's Lair" e o enfrentará. O número de luta consecutivas cai para 25 na versão do Mega Drive.

Esses personagens não tem uma ficha e suas respectivas histórias só foram devidamente explicadas nos jogos que sucederam este aqui. Smoke era um amigo próximo do primeiro Sub-Zero e membro do Clã Lin Kuei, Jade é uma amiga e parceira de Kitana e Noob Saibot além de brincar com os nome dos criadores do jogo (Ed BOON e John TOBIAS) é na verdade o primeiro Sub-Zero que foi transformado em um espectro depois de ser morto por Scorpion.

Abaixo vocês podem conferir as dicas dadas no jogo pela Jade e pelo Smoke:

Jade:

"EU ME CHAMO JADE"

"CHUN QUEM?"

"EU SOU UMA DE TRÊS"

"ANTES DA ?"

"ERMAC QUEM?"

"UM DIA NÓS VAMOS LUTAR!"

"RESTRINJA-SE"

"NOS ENCONTRAREMOS EM GORO'S LAIR"

"TRAGA KANO E SONYA!"


Smoke:

"EU ME CHAMO SMOKE"

"MORTAL KOMBAT UM"

"PORTAL"

"PROVE SUA CAPACIDADE"

"VOCÊ PODE COMEÇAR A ME PROCURAR"

"TOASTY"

"VOCÊ NÃO PODE ME DERROTAR"


Estágios

Dead Pool

Kombat Tomb

Wasteland

The Tower

Living Forest

The Armory

The Pit II

The Portal

Kahn's Arena

Goro's Lair


Desenvolvimento

De acordo com o lider do projeto Ed Boon, MK II foi "intencionado para parecer diferente do primeiro MK" e "tinha tudo o que nós queriamos ter colocado no primeiro mas não tivemos tempo para faze-lo". Tanto o tema do jogo quanto a arte dele são um pouco mais sombrios, porém contem cores mais vibrantes e também mais cores do que o jogo anterior.

MK II também se distancia um pouco do forte tema oriental do seu precursor, mesmo que ele ainda mantenha alguns dos aspectos originais, assim como a música. E finalmente, a natureza do jogo ficou menos séria com a adição de finalizações engraçadas para cada lutador.

Para criar as animações dos personagens, os atores foram colocados em frente de um fundo cinza para fazer os movimentos que foram gravados em uma fita Hi-8, que foi melhorada desde o desenvolvimento do primeiro jogo. A captura do video é então processada para um computador, e o fundo removido para criar sprites de 64 à 128 cores.

Com o passar do desenvolvimento do jogo, eles optaram por utilizar uma técnica chamada "chroma key" e processar os dados direto para o computador, fazendo o processo ficar bem mais simples. Os atores eram então molhados com um spray de água para parecer suados e dar um ar mais "brilhante", e depois quando editados isso facilitava o destaque dos musculos do lutador, que John Tobias sentiu estar um pouco diferente dos gráficos digitalizados anteriores.

As animações de Shang Tsung se transformando em outros personagens foram criadas pelo animador da Midway John Vogel utilizando um computador, enquanto as animações desenhadas a mão foram colocadas para dar efeito em outras partes do jogo, como os Fatalities.

Um certo cuidado foi tomado durante a programação do jogo para dar um "clima legal" ao jogo, com Boon simulando coisas como gravidade durante o desenvolvimento. Tobias notou que acertar o oponente enquanto ele estava no ar no primeiro jogo foi um acidente, e isso foi ajustado em MK II. Boon então não quis remover isso completamente em favor de um sistema de golpes conectados para deixar o jogo mais distante de jogos como "Street Fighter", e permitir o jogador criar as suas próprias combinações de ataques.

Vários ataques foram deixados de uma maneira uniforme entre os diferentes personagens para prevenir uma jogabilidade complicada demais. Devido as limitações de memória e do time de desenvolvimento querer introduzir novos personagens, 2 personagens do primeiro jogo, Sonya Blade e Kano, que Boon citou serem os menos jogados no primeiro jogo, foram excluidos aqui. Um personagem bonus representado por Kyu Hwang também foi cortado do jogo. No lugar de Sonya, duas novas personagens femininas (Mileena e Kitana) foram introduzidas para que o jogo competisse melhor com "Street Fighter II".

Todas as músicas foram compostas, tocadas, gravadas e mixadas por Dan Forden, o designer de som da série. Mortal Kombat II foi o primeiro arcade a utilizar a placa de som "Williams DCS Sound", que era bem superior a placa anterior, "Yamaha Sound Blast". Dan Forden também é o cara que aparece na tela e fala "TOASTY!" quando você dá alguns golpes no oponente.


Divulgação

Segundo a Acclaim Entertainment, eles utilizaram 10 milhões de dólares na campanha publicitária do jogo. Uma parte desse dinheiro foi usada para fazer o comercial criado por David Anderson e Bob Keen. Nesse video que trás os personagens Scorpion, Sub-Zero, Reptile, Kitana, Baraka e Shao Kahn, eles são representados pelos mesmos atores que foram capturados para estar no jogo.

Junto com o lançamento do Arcade em 1993, uma revista em quadrinhos oficial chamada "Mortal Kombat II Collector's Edition", escrita e desenhada pelo designer do jogo John Tobias, foi lançada através de compra por correios, descrevendo a história do fundo em maiores detalhes. A Malibu Comics também publicou uma série de revistas com personagens de ambos os jogos.

A trilha sonora do jogo chamada de "Mortal Kombat II: Music from the Arcade Game Soundtrack" foi lançada em Julho de 1994 e tem 38:44 minutos de diração com músicas dos dois primeiros jogos compostas por Dan Forden. Só podia ser comprada através de uma encomenda limitada, que era mostrada nos principais arcades.

Outros produtos incluiram alguns adesivos lançados pela "Panini Group" e bonecos lançados na Argentina (1995) e Estados Unidos (1999). Teve também o jogo de cartas lançado como "Mortal Kombat Kard Game".


Algumas screenshots e videos da versão Arcade:






Ports

Mega Drive


Desenvolvido pela Probe Entertainment, esse port manteve todo o sangue e os Fatalities sem a necessidade de um código para ativa-los, como na versão original lançada para esse sistema. A jogabilidade ficou um pouco mais rápida que a versão do Arcade, porém os gráficos não ficaram tão bem coloridos devido a paleta de cores limitada do console. As sombras dos personagens são todas ovais, ao invés da sua silhueta por causa de limitações na memória, e algumas vozes também foram deixadas de lado no processo.

A música também foi adaptada, ficando um pouco mais rápida e bem diferente da versão original, devido ao sintetizador do console ser inferior. O estágio "Goro's Lair", arena secreta aonde se enfrenta os personagens secretos do jogo, foi removida e substituida por uma versão "azul" do estágio "The Portal". Adicionalmente, as imagens dos finais dos personagens foram todas removidas e no lugar disso apenas o texto aparece na tela e o personagem fica em sua posição de vitória na frente.

Algumas das arenas também perderam alguns de seus detalhes: na "Kombat Tomb" os dragões que podiam ser vistos voando no fundo foram removidos e o monge levitante em frente da janela redonda no estágio "The Tower" também foi removido.

Mesmo com todos esses cortes, essa versão contém alguns "Easter Eggs" exclusivos. Através de um código, é possivel trocar a imagem do "Dan Forden" falando "Toasty" por uma que foi desenhada pelo filho de um programador da Probe. Outro cheat engraçado é o "Oooh Nasty!", que quando ativado permite o jogador fazer um "Fergality" com o lutador Raiden. Ao chegar no estágio "The Armory", fazendo esse comando o oponente irá se transformar em um personagem fumaçante com uma cabeça deformada que é do CEO da Probe, Fergus McGovern.

Esse port também contém algumas animações diferentes: a pose de vitória de Baraka acaba com ele colocando as suas espadas apontando para baixo, ao invés de cruzalas em frente do seu torax e Johnny Cage não cruza as suas mãos no final da sua pose também. Essa versão tem suporte ao controle de movimentos Sega Activator.

Algumas screenshots dessa versão:



Super Nintendo


Devenvolvido pela Sculptured Software, esse port em particular tem uma intro secreta que é uma cena com Shao Kahn e Kintaro destruindo o logo da Acclaim (basta segurar L + R quando ligar o console) e um modo secreto chamado "Special Team" que é desbloqueado através de códigos. Também nesse port, o jogo faz uso do chip Mode 7 para fazer o efeito da queda no estátio "The Pit II". Como o SNES tem mais cores do que alguns concorrentes, alguns visuais não ficaram tão granulados.

O som e as músicas do jogo são consideeradas as melhores se comparadas com a maioria dos ports do jogo, mas ainda assim há algumas coisas comprometidas por causa de limitação de memória. A música é um pouco mais lenta e desbotada em relação a versão do Mega Drive.

Diferente da primeira versão do jogo, a Nintendo não censurou o sangue e os Fatalities dessa vez, devido as vendas baixíssimas do primeiro jogo. Ao invés disso, um aviso foi colocado na capa do jogo para os pais ficarem sabendo do conteúdo adulto contido no jogo. Entretanto, a versão japonesa teve uma leve censura, deixando o sangue verde e na hora do Fatality deixando a tela em preto e branco, com excessão dos "Stage Fatalities".

Na América, duas versões foram lançadas: a segunda corrigia alguns dos bugs mais claros do jogo, como a presença de Noob Saibot depois de 50 vitórias consecutivas, mostrar o logo da empresa no começo do jogo, mostrar pequenas jogadas se o jogo for deixado ligado e o Shadow Kick de Johnny Cage deixa para atrás um rastro vermelho as vezes, ao invés do tradicional verde.


Algumas screenshots dessa versão:



Game Boy


Desenvolvido pela Probe Entertainment, esse port é bem superior a versão original lançada nessa plataforma, mas contém apenas 8 dos 12 personagens da versão Arcade, deixando Raiden, Baraka, Johnny Cage e Kung Lao de fora da brincadeira. Shao Kahn aparece como chefe final, mas Kintaro foi completamente removido do jogo, porém acredita-se que ele estaria nos planos da empresa, porque textos dele podem ser achados no código do jogo.

Os oponentes secretos Jade e Smoke aparecem aqui, entretanto Noob Saibot não. Apenas 3 arenas foram mantidas: The Kombat Tomb, The Pit II e Goro's Lair. O estágio The Kombat Tomb é o único com Stage Fatality e Goro's Lair é usado apenas para enfrentar os personagens secretos. O sangue foi completamente removido, mas os fatalities e batalities foram mantidos sem edição.

A jogabilidade ficou mais precisa em relação ao anterior, é possível pausar o jogo apertando SELECT, a defesa que era feita apertando os dois botões agora é feita apertando apenas START e novamente não colocaram finais no jogo - você derrota o chefe final e ele já pula pros créditos.


Algumas screenshots dessa versão:



Game Gear / Master System


Desenvolvido pela Probe Entertainment, esses dois ports são um pouco diferentes do lançado no Game Boy. Tirando o tamanho reduzido da tela do Game Gear, as duas versões são praticamente idênticas: as mesmas arenas e lutadores da versão GB com Kintaro e Shao Kahn como chefes finais e Jade e Smoke como personagens secretos - porém a arena aonde se enfrenta os personagens secretos é diferente nas duas versões.

Diferente do port do GB, o sangue está presente mas em menor quantidade do que as outras versões. É notável também que, por causa de limitações gráficas que esses dois sistemas não podem suportar, alguns Fatalities foram editados para destruir o corpo do inimigo completamente ao invés de parcialmente. Por exemplo: o Fatality "Deep Freeze" de Sub-Zero não quebra mais o oponente na metade, mas o pulveriza por completo.

A jogabilidade ficou bem mais precisa em relação ao lançamento anterior nestas plataformas, no Master System é possível pausar, os finais estão presentes em forma de texto como no Mega Drive e a única voz presente no cartucho é o "FIGHT" no começo da luta.


Game Gear:


Master System:




Commodore Amiga


Lançado no final de 1994 pela Probe Entertainment, esse port novamente foi baseado na versão do Mega Drive mas sem os multi-layers dos cenários e jogabilidade adaptada para 2 botões. Esse port também sofre de longos loading times e requer uma frequente troca de disquetes se a máquina tiver menos de 2MB de RAM. Ainda por cima, só é possível ser instalado no HD através de instaladores feito por terceiros.


Algumas screenshots dessa versão:



Sega 32X


Desenvolvido pela Probe Entertainment, esse port continha gráficos melhorados em relação a versão do Mega Drive, assim como mais detalhes nos estágios e maior paleta de cores, o que ajudou a melhor os gráficos e deixa-los mais próximos da versão do Arcade. Há também mais efeitos sonoros, porém a música se manteve praticamente na mesma qualidade.

Mesmo com essa melhora, os gráficos ainda ficaram bem próximos do Super Nintendo - porém dessa vez com os finais aparecendo as imagens dos personagens, mesmo que apenas uma ao invés de duas como no Arcade. O que decepciona mesmo é o fato do jogo ter alguns slowdowns aqui e ali atrapalhando a jogabilidade.

No Japão, essa versão ganhou um subtitulo e foi nomeado "Mortal Kombat II: Kyuukyoku Shinken", literalmente traduzindo "Punho Definitivo de Deus", sendo esse nome usado apenas nessa versão, que era assim que os Fatalities eram chamados naquela região.


Algumas screenshots dessa versão:



PC (DOS)


Em 1995, a Probe Entertainment converteu o jogo para os PCs. Assim como as versões do Sega Saturn e PlayStation, esse port é o que se chega mais próximo da versão do Arcade. O jogo vinha em CD-ROM ou Disquetes, porém podia ser instalado no HD para diminuir os tempos de loading. Devido as poucas restrições dos computadores da época, os efeitos sonoros ganharam uma maior atenção, agora com vários efeitos sonoros diferentes para cada golpe, ao invés de alguns repetidos como havia na própria versão do Arcade.

Entretanto, esse port contém algumas falhas. A Probe escolheu por não usar músicas com qualidade de CD para a música, convertendo-as para um formato diferente dependendo da placa de som instalada, variando de uma qualidade média feita pela "Sound Blaster" para uma qualidade melhor pela "Roland LAPC-I" e pela "Gravis Ultrasound". Depois quando foi lançado em CD-ROM, as músicas ficaram com a mesma qualidade do Arcade.

Algumas screenshots dessa versão:



PlayStation


Lançado apenas no Japão, enquanto os gráficos ficaram bem parecidos com a versão do Arcade, a qualidade sonora ficou longe. Alguns efeitos sonoros simplesmente não estão presentes e ao invés de utilizar o formato CD-ROM para converter as músicas, o jogo utiliza a chip sonoro interno do console para toca-las.

Vários loadings ocorrem durante algumas ações do jogo, como as transformações de Shang Tsung. O jogo simplesmente para e aparece um logo do jogo durante 1 ou 2 segundos, cessando totalmente a jogatina nesse espaço de tempo e devido ao tempo de carregamento longo, algumas ações como o grito dos personagens depois do Fatality ocorrer depois que eles já receberam o golpe e não no momento exato.


Video de Gameplay dessa versão:



Sega Saturn


Essa versão continha loadings menores que a versão do PlayStation, gráficos um pouco melhores e música idêntica a versão do Arcade. Também faltavam alguns efeitos sonoros, como a fala de Shao Kahn no "Round 1" e o grito de morte de Kitana. Também é possivel escolher algumas opções pré-selecionadas para retirar os loadings nas transformações de Shang Tsung.


Algumas screenshots dessa versão:



Coletâneas

Midway Arcade Treasures 2 (PS2, GCN, XBOX)


Lançado em 2004 pela Midway, é uma versão emulada do Arcade ao invés de um port propriamente dito. Como resultado, alguns bugs gráficos apareceram: as sombras ficam sumindo e as músicas e efeitos sonoros as vezes tocam foram de sincronia e devido a um erro de programação no botão "Start", é impossível enfrentar Smoke.

Midway Arcade Treasures: Deluxe Edition (PC)


Versão PC da coletânea supracitada, diferença apenas nos jogos contidos (maior quantidade).


Mortal Kombat Shaolin Monks (PS2, XBOX)


Idêntica a versão acima, desbloqueável através de código ou completando as missões do Smoke.


Midway Arcade Treasures: Extended Play (PSP)


Essa versão contém mais alguns erros que as anteriores: certos detalhes foram removidos dos cenários, como as pessoas no cenário de Shao Kahn que não se movem, em "The Tower" não há nuvens do lado de fora. Essa versão também contém loading times bem longos.


PlayStation Network (PS3)


Antes do lançamento da coletânea, esse port arcade-perfect estava disponível para compra na rede da Sony. Ela foi removida em favor da nova coletânea abaixo.


Mortal Kombat Arcade Kollection (PS3, XBOX 360, PC)


Lançado em 31 de Agosto de 2011 para PlayStation 3, Xbox 360 e Windows via download, trás junto consigo Mortal Kombat I e Ultimate Mortal Kombat 3 em conversões perfeitas do Arcade.


Outras Coletâneas:


Lançada em 1995 para o Game Boy (na mesma época do lançamento de Mortal Kombat 3 nesse sistema), trazia os dois primeiros jogos em apenas 1 embalagem pelo preço de 1.


Lançado no fim de 1995 para PCs compatíveis, esse CD trazia as mesmas versões lançadas anteriormente em disquete, porém com trilha sonora idêntica ao Arcade graças ao tamanho de armazenamento do CD.


Recepção

O jogo provou ser um enorme sucesso comercial, com seu lucro na primeira semana de vendas chegando a 50 milhões de dólares e desbancando alguns blockbusters de hollywood nos cinemas como True Lies, O Máscara e O Rei Leão. No dia do lançamento do jogo, dessa vez chamado de "Mortal Friday", mais de 2,5 milhões de cópias foram vendidas nas lojas, sendo esta a maior venda em uma semana na história, naquele momento.

Outro fruto do trabalho da empresa foram vários prêmios anuais recebidos pelo jogo. A revista "Game Players" deu os títulos de "Melhor Jogo de Luta no Mega Drive" e "Melhor Jogo de Super Nintendo" em 1994. Já a Nintendo Power colocou o jogo o jogo como 2º Melhor de 1994 no Super Nintendo e 5º no Game Boy, enquanto os leitores elegeram em 1995 como o "Melhor Jogo de Luta para Torneios" e "Melhor Jogabilidade", sendo esse segundo apenas no Game Boy. Os editores da revista ainda elegeram títulos como "Melhor Vilão" e "Melhor Jogo" naquele ano.

Também recebeu os títulos de "Melhor Jogo de Luta" em 1994 pela revista "VideoGames & Computer Entertainment", "Jogo Mais Sangrento" pela EGM e "Melhor Jogo de Super Nintendo" na "Summer Consumer Electronics Show '94, uma feira da GamePro, entre vários outros.

A crítica também recebeu o jogo muito bem, com a revista "Sega Visions" descrevendo a maneira de como a continuação foi dirigida como "brilhante". Sobre a versão do Mega Drive, a Revista "Computer + Video Games (C+VG) disse "a Probe fez um trabalho incrível nessa conversão. Tudo está lá, e eu digo realmente tudo", enquanto a EGM disse "uma boa conversão considerando as suas limitações", enquanto o jornal "Detroid News" se sentiu "bem desapontado" e recomendou a versão do Super Nintendo ao invés desta. Mesmo assim, em 2010, a revista Complex nomeou o jogo o 4º Melhor de toda biblioteca do Mega Drive.

Sobre a versão do 32X, a IGN disse "se você não tem um Super Nintendo, essa é a versão caseira de MK II para comprar". Um escritor do jornal "The Baltimore Sun" chamou a versão do Super Nintendo de "o melhor jogo que eu já joguei - uma verdadeira transição dos arcades", enquanto a revista C+VG exclamou, "é o jogo mais sangrento já lançado em um videogame Nintendo!".

Sobre as versões portáteis, a revista C+VG falou que "os donos do Game Boy devem evitar esse aqui" e chamou atenção da versão do Game Gear "ainda é a melhor versão portátil do jogo", mesmo com todos os cortes nesta versão do jogo. A crítica também recebeu muito bem a versão do Amiga, menos a revista "Amiga Power" que falou o seguinte "claramente, um titulo sem sentido" e avisando os jogadores "compre Shadow Fighter ao invés deste". A revista "Next Generation" falou o seguinte sobre a versão PC "se você gosta de jogos de luta, esse é definitivamente o melhor disponível".

Ao passar dos anos, várias publicações gamers colocaram o jogo em várias listas de melhores jogos. Em sua lista de jogos mais importantes de todos os tempos, a GamePro colocou o jogo na posição 38 e falou o seguinte "sem dúvidas o melhor jogo de luta ocidental até hoje, certamente o título que definiu Mortal Kombat como franquia. Esse jogo trouxe milhares de imitações em seguida tentando ser o melhor. Sua supremacia arte e técnica só é igualada pela quantidade de sangue jorrada".

Em 2008, o site Destructoid chamou o jogo de "o melhor jogo que já deu as caras nos Arcades". Em 2009, vários fãs da série ainda consideravam MK II como o melhor da série. De acordo com site PlayStation Universe em 2011 "maior, mais ousado e sangrento, a primeira continuação continua firme como jogo favorito de seus fãs". Revisando o port de PS3, a IGN comentou que "Mortal Kombat II continua sendo um jogo sólido mesmo depois de 15 anos e um dos melhores jogos de luta por ai".


Legado e Lendas Urbanas

A história e os personagens serviram de base para o beat 'em up "Mortal Kombat: Shaolin Monks", lançado em 2005.

Se as lendas urbanas do primeiro jogo foram muitas, em Mortal Kombat II não foi diferente - e novamente os produtores do jogo ficaram calados sobre a maioria delas. Um deles foram os "Animalities" - que foram adicionados em "Mortal Kombat 3"; a ninja vermelha "Scarlet" - introduzida em "Mortal Kombat (2011)"; atirar o inimigo na boca das árvores-vivas - possivel em Mortal Kombat: Shaolin Monks; a incorporação de Blaze, o personagem sem nome em chamas do fundo do "The Pit II", como um personagem secreto em "Mortal Kombat: Deadly Alliance".

Outros rumores incluiam os "Nudality" ou "Sexuality" que fariam com que Mileena e Kitana tirassem a roupa para os outros personagens.

Os eventos de MK II, junto com o primeiro e o terceiro jogo (incluindo suas expansões) foram recontados no jogo "Mortal Kombat" de 2011, conforme Raiden usou uma viagem ao tempo para revisitar os torneios originais. Em adição, há as "roupas klássicas" que mantém o design original dos personagens como em MK II.

No Modo Ladder/Arcade do jogo, ele segue a mesma ordem dos chefes de MK II (Shang Tsung, Kintaro e Shao Kahn como os últimos três oponentes) e os controles e Fatalities são remanescentes de MK II (não trazendo nenhuma mecânica de MK 3 ou seus Brutalities/Animalities).


Finalizando

Como vocês puderam ver, nem mesmo a Nintendo se rendeu a tamanha polêmica por trás da série e liberou o sangue na sua versão (embora no Game Boy tenha continuado sem sangue) e fez com que a do Super Nintendo fosse eleita pela maioria dos sites como a melhor versão caseira do jogo. Não que as outras sejam tão inferiores, mas no conjunto geral ela é a mais equilibrada entre cortes e limitações.

Na semana que vem eu vou falar sobre Mortal Kombat 3 (apenas a versão inicial) e o início de uma fase um pouco menos polêmica em torno da violência, mas sim por parte do time de desenvolvimento do jogo que tomou alguns rumos bastante diferentes no terceiro jogo e fez com que alguns dos fãs não gostassem tanto do jogo mais devido à elas. Vejo vocês na semana que vem com um novo post desse especial sobre Mortal Kombat!

E pra variar, aqui ficam os meus profundos agradecimentos ao usuário "carachapadu" do fórum SNK Neo Fighters que editou pra mim a ficha dos personagens e a abertura do jogo! E também para a "Ritinha Ratinha" de vários fóruns da internet, incluindo o Retro Games Brasil, que fez o banner do especial que vocês podem ver. Muito obrigado aos dois! Sem vocês esse post não teria a mesma qualidade!

Sigam-me os bons! \o\~~~~~~

10 comentários:

  1. esse "Nudality" ou "Sexuality"...incrível!! nem imaginaria um boato desse sobre as duas, o pessoal daqui na minha infância nem passava isso na minha cabeça, hehehe. esse foi o primeiro MK que eu e meu irmão jogamos na vida, e ficamos surpreso com as qualidades do game. e descobrimos um game de luta quase tão bom quanto Street Fighter 2...

    criança é ingênua mesmo.

    devo dizer que o MK2 é um dos mais difíceis que já zerei. quem chegou em Kintaro, sabe o que estou falando. Goro é um passeio no parque comparado a ele, mas pena que a maioria dos fãs odeia Kintaro.

    e nesse, eu e meu irmão ficamos com aquela ideia entre bem e mal com Sub Zero e Scorpion...se soubessemos que era ao contrário.

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  2. Sinceramente sempre achei Mortal Kombat 3 muito melhor que o MK2. Não que MK2 seja ruim mas o MK3 e beeeem mais divertido e bem feito.

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  3. Como sempre, matéria de alta qualidade, parabéns.
    Não joguei muito no arcade, ao contrário do primeiro. Pra mim a maior característica do MKII foi a transformação do clima sombrio da primeira versão numa coisa mais caricata. Ainda assim, grande jogo.

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  4. Lembro de quando jogava com meu sobrinho (viciado que só) ele jogava tanto com Shang Tsung, que deixava o oponente com pouca energia, transformava no Sub-Zero, e antes de voltar a ser Tsung, ele ganhava a luta, dava o fatality do gelo eterno ( como a gente chamava, quando congelava no Finnish ) voltava com Shang Tsung e dava o fatality do Kintaro! (ele ficava segurando o soco baixo até voltar na transformação) Filha da p@&% de muleke!
    Abraço!

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    1. kkk lol fatality quase igual o que eu fazia só que depois do gelo eterno eu virava kung lao é usava fatality ai ficava o cara congelado e sem a cabeça kkkkk

      a versão do snes tem uma intro secreta só que essa era a intro do mk que eu jogava no arcade alem disso ele tinha alguns personagens do mk3 O.o alguém ja viu essa versão hack?

      ótimo post

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    2. O muleke fazia esse também, quanto ao game que vc citou não era a versão 2.5 do MK?
      Abraço!

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  5. Post incrível. A história realmente melhorou consideravelmente em MKII.

    E sem contar nos recursos já adicionados.

    Tenho um carinho incrível nesse game, por ter sido primeiro jogo que joguei na vida. Eu tinha lá meus 4 anos de idade e jogando isso! Foi foda demaishusasuhauhsahusa

    E essas lendas urbanas sempre dão o que falar, e o mais legal é que o Ed Boon ao contrário de muios produtores de jogos, dá vida à elas e com isso aumenta mais a popularidade. Ele foi gênio nessa sacada.

    Nesse jogo a dificuldade do Arcade é famosa por ser ainda mais exagerada que no MK1, e novamente prefiro uma versão caseira que ela, em especial do Super Nintendo. Mas nesse caso não joguei todas, só algumas!

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  6. Mais uma matéria das boas, cheia de informações, mas cabe algumas correções: o Smoke tem apenas o arpão de Scorpion, assim como Noob Saibot também, e a Jade só possui os golpes de Kitana... e também, acho o game de 32X bem superior à versão de Super Nes, cuja jogabilidade é um pouco ruizinha cmparada a esta e mesmo à versão do Genesis, que tem os timings dos golpes e movimentos um pouco melhores. E a versão de MS-DOs não tem músicas sem ser em midi, memso na sua versão em CD-Rom, o que é uma pena, pois se tivese feito isso, essa poderia ser a tão aclamada transição definitiva dos arcade, como consta na capa desta versão...

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