quinta-feira, 23 de julho de 2020

Renegade III: The Final Chapter


Renegade III: The Final Chapter (Imagine Studios, Multi Plataforma) - Lançado em Julho de 1989 para ZX Spectrum, Amstrad CPC, Commodore 64 e MSX, este é um jogo de beat 'em up com elementos de side-scrolling (flip-screen em algumas versões) publicado pela Ocean Software através do seu selo "IMAGINE". A principal reclamação sobre o jogo é que o modo Co-Op foi removido de todas as versões.

Concluindo a trilogia iniciada em Renegade e continuada em Target: Renegade, Renegade III trás um personagem conhecido apenas como "Renegade" enquanto ele viaja através do tempo e espaço para resgatar a sua namorada que foi sequestrada.


Jogabilidade

Os previews do jogo eram bem promissores. Essa promoção da revista CRASH prometia um receptor de satélite como prêmio.

Renegade III é dividido em quatro fases que se passam em quatro Eras diferentes: Pré-Histórica, Egípcia, Medieval e o Futuro. Como era de se esperar, em cada Era temos inimigos diferentes que vão desde dinossauros e homens da caverna até robôs com armamentos laser. Os inimigos não dão sossego e irão te perseguir à toda velocidade para esgotar o estoque de cinco vidas que é disponibilizado de início. Essa é a I.A. mais difícil da série até o momento.

Nosso "camarada" Renegade coloca suas habilidades à prova mais uma vez com os bons socos e chutes que ficaram como marca registrada da série, porém com movimentos diferentes. Apesar de trazer apenas quatro fases, elas ficaram bem maiores e desafiadoras do que em jogos anteriores. É necessário derrotar todos os inimigos para avançar certas telas e não se pode tirar o tempo do relógio em nenhum momento porque o mesmo é curto.

No final de cada fase, todos os inimigos que você deixou para trás durante a fase retornam em até 6 juntos ao mesmo tempo e é necessário derrotar todos para liberar o caminho até o portal e assim avançar para a próxima fase. O final do jogo varia dependendo da versão mas é basicamente um texto mostrado na tela e logo em seguida os créditos, nada sem muito capricho.

As versões ZX Spectrum e MSX compartilham os mesmos gráficos e jogabilidade, aonde é necessário chegar bem na borda da tela para a mesma se mover e os ataques são desferidos com apenas um botão + direção no controle, porém o MSX não tem música durante a fase. No Amstrad CPC o jogo tem gráficos e música em qualidade melhor e a jogabilidade mais fácil com o uso de três botões, assim como no Commodore 64, que seria a versão definitiva se não fosse um bug que constantemente drena a energia do personagem mesmo sem levar dano.

O que todas as versões do jogo compartilham é a física estranha do pulo do personagem e o fato dele desferir o soco ajoelhado ao invés de em pé. A dificuldade do jogo também aumentou consideravelmente e o relógio é o seu maior inimigo.


Legado

Se a Ocean tinha grandes planos para Renegade III, infelizmente eles não puderam ser concretizados. Aqui temos a propaganda que mostrava as versões canceladas para Atari ST e Amiga.

Apesar de ter sido muito elogiado pelos críticos e recebido notas consideravelmente altas nas publicações europeias da época, como uma nota 91% na revista CRASH e outra 84% na Consoles & Videogames, o jogo foi duramente criticado pelos fãs pelo seu roteiro fraco, tempo de resposta maior da jogabilidade, bugs, físicas mal elaboradas e falta de modo Co-Op.

Outras críticas ao jogo incluíram o fato das fases serem longas demais, e caso o cronometro seja zerado é necessário iniciar a fase toda novamente. No ZX Spectrum, MSX e Amstrad CPC é necessário chegar muito perto do canto da tela para fazê-la avançar e um bug no Commodore 64 aonde a barra de saúde está constantemente sendo sugada e só é preenchida caso os inimigos sejam atacados.


Imagens e Vídeos do Jogo

ZX Spectrum

Imagens retiradas do vídeo do Canal Zeusdaz.


Amstrad CPC

Imagens retiradas do video do Canal Amstrad Maniaque.

Commodore 64

Imagens retiradas do vídeo do Canal AI82: Retrogaming & Computing.


MSX

Imagens retiradas do vídeo do Canal araubi.


Capa

A arte do jogo é um tanto "legal", mas mostrava um certo descompromisso com a seriedade.


Finalizando

Trilogia é bom quando vem em três jogos. Infelizmente, nem sempre a série é finalizada com chave de ouro, o que foi o caso com o Renegade da Ocean Software.

E por hoje é só. Quando uma continuação é lançada, sempre se cria uma expectativa muito grande em como as coisas vão melhorar em relação ao anterior e as novidades que serão introduzidas para a série, e acho que isso foi o principal problema com Renegade III: Renegade e Target: Renegade foram grandes títulos nos computadores de 8/16-bits produzidos pela Ocean Software, porém quando chegou na hora de fazer a conclusão, parece que o trabalho deles foi bem preguiçoso.

Mesmo com a temática um tanto inusitada de viajar através do tempo para salvar a sua namorada, Renegade III foi um passo pra trás em todos os quesitos. Felizmente, isso não quer dizer que a Technos of Japan iria simplesmente abandonar o mercado ocidental. Embora Target: Renegade e Renegade III não terem relação com a série Kunio-kun, a Technos decidiu investir mais no mercado caseiro do que nos Arcades dessa vez.

Downtown Nekketsu Monogatari é o segundo título da série Kunio-kun e foi lançado exclusivamente no Famicom em 1989, pouco antes do lançamento de Renegade III pela Ocean Software. No jogo, a Technos decidiu investir nas limitações do console caseiro da Nintendo e explorá-las ao máximo, ao invés de espremer o Arcade até caber no cartucho e os resultados foram excelentes. Mas isso é papo para outra hora.

Espero que vocês tenham curtido esse post e voltem em breve pra curtir mais um!

Sigam-me os bons! \o\~~~~~~

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