quinta-feira, 9 de abril de 2020

Street Fighter 2010: The Final Fight


Street Fighter 2010: The Final Fight (Capcom, NES) - Lançado no Japão em 08 de Agosto de 1990, Street Fighter 2010 é um jogo de plataforma com progressão lateral desenvolvido pela Capcom exclusivamente para o Nintendinho. O jogo foi comercializado como um spin-off de ficção científica do Street Fighter original de 1987. Na versão ocidental do jogo, a história e o nome do protagonista foi modificado para implicar que ele era Ken do primeiro Street Fighter, porém na versão original japonesa ele era um personagem sem relação nenhuma chamado Kevin.

Street Fighter 2010 é de um gênero diferente dos jogos tradicionais de Street Fighter, que tem como foco as lutas 1 contra 1 competitivas.



Jogabilidade

O forte do jogo infelizmente não é a jogabilidade. E também não é a música, gráficos ou a diversão.
Imagem retirada do DevianArt: https://www.deviantart.com/real-warner/art/Street-fighter-2010-197861631

O jogador controla Ken, ex-campeão em artes marciais que recebeu implantes cibernéticos. O objetivo de cada fase é derrotar o alvo inimigo mostrado antes do início da fase e obter a quantidade de energia necessária para abrir um portal trans-dimensional para a próxima fase. Em algumas fases é necessário derrotar mais de um inimigo para acumular a energia necessária para abrir o portal. Depois que o portal é aberto, Ken tem um tempo limitado para entrar nele; caso não consiga passar pelo portal o jogador perde uma vida e é forçado a reiniciar a fase.

Como na maioria dos jogos de progressão lateral, um dos botões é usado para atacar e o outro para pular. Ken também pode escalar paredes, postes ou qualquer estrutura com essa semelhança, assim como se agarrar ou subir (e descer também) certos tipos de bordas. Além do salto regular, Ken também pode dar um salto para trás fazendo um salto para cima sem usar o direcional no controle e, em seguida, pressionando o direcional na direção oposta que ele está.

A arma principal de Ken é um projétil de energia que ele lança dos seus punhos. Ken pode atirar para frente e em qualquer direção horizontalmente, assim como verticalmente se segurar o direcional para cima. Ken também pode atirar um tiro curvado carregado segurando o direcional para esquerda ou para a direita e apertando o botão B, tendo assim um alcance e dano maiores que os tiros normais. Ken também pode lançar projéteis com seus pés pressionando o direcional para baixo e apertando B, fazendo com que a energia viaje para cima na diagonal. Para atirar para baixo, é só dar um salto e depois apertar B enquanto estiver no meio do movimento.

Inicialmente, os projéteis tem um alcance curto mas a medida que são recuperadas e coletadas as cápsulas de power-up espalhadas pelas fases é possível aumentar esse alcance. Coletando 2 cápsulas irá aumentar o nível do alcance em um nível, deixando-o também mais forte; entretanto, se Ken receber algum dano, a energia irá voltar um nível e se ele perder uma vida irá voltar ao estado inicial. É possível aumentar o nível da arma até o nível 5. Outros power-ups incluem uma segunda opção de poder de fogo e uma cápsula de proteção que permite que Ken receba dano dos inimigos enquanto realiza saltos.


Enredo

O enredo é igual ao resto do jogo: confuso e sem polimento.

Em 2010, a tecnologia avançou ao ponto de que qualquer pessoa pode facilmente viajar de um planeta à outro através dos Portões de Dobra interplanetários. Ken se aposentou da sua carreira de lutador depois de vencer o circuito Street Fighter 25 anos atrás e desde então se tornou um grande cientista, desenvolvendo uma nova substância chamada "Cyboplasma" que concede poderes sobre-humanos para qualquer organizamo vivo que receba uma administração da mesma.

Quando Troy, o parceiro de laboratório de Ken é assassinado, deixado sob uma pilha de material gelatinoso, o Cyboplasma é roubado. Ken então decide trazer o assassino de Troy à justiça implantando em seu corpo peças biônicas, assim como um transportador interdimensional, para seguir as trilhas do assassino, que deixou traços de Cyboplasma em cada um dos planetas da "Fronteira" no qual ele visitou.


Diferenças das Versões

Como Mega Man era o maior sucesso da empresa na época, a Capcom costumava colocar adesivos da série inclusos em todos os seus lançamentos para tentar alavancar as vendas.

A versão em inglês de Street Fighter 2010 se difere do lançamento original em japonês, mudando a identidade e história do personagem principal para implicar que ele é o mesmo Ken do primeiro Street Fighter, que se aposentou depois de ter vencido o torneio. O nome do personagem principal na versão japonesa é Kevin Striker (ケビン・ストレイカー), um ciborgue da Polícia Galática que tem a missão de neutralizar uma facção de super criminosos interplanetários conhecidos como "Parasitas", cujas habilidades são drasticamente melhoradas em relação aos humanos normais e aliens devido ao inseto parasítico que foi implantado em seus corpos.

O personagem Troy era chamado originalmente de Dr. Jose (Dr.ホセ), o cientista responsável pela criação dos insetos parasíticos usados para transformar as pessoas em "Parasitas". Do meio pro final da história também é um pouco diferente, mas além disso o jogo em si é idêntico nas duas versões.

Sutoreikā (ストレイカー) é como se escreve o nome Straker em japonês. Entretanto, na versão em inglês do site oficial da Capcom sobre o jogo o nome do personagem é mostrado como Striker, que é escrito Sutoraikā (ストライカー) em japonês.


Recepção

A Capcom até lembrou do aniversário do jogo e lançou ele em lojas digitais da Nintendo, mas isso  não ajudou em nada com a sua popularidade.

A GameSpot fez uma análise em retrospecto do jogo criticando a tradução da história do jogo introduzindo Ken como um ciborgue 25 anos no futuro do primeiro Street Fighter, comparando essa mudança com as alterações feitas para o filme Live Action de Street Fighter: A Batalha Final. O site 1UP.com descreveu o jogo como um "filho bastardo" da franquia, chamando ainda de "um pesadelo com péssimo trabalho de localização".

O site ScrewAttack disse que embora o jogo seja incrivelmente difícil, não era um jogo ruim de maneira nenhuma. E se o jogo não tivesse sido comercializado como um título da série Street Fighter, ele teria sido completamente ignorado.




Algumas imagens e videos do jogo

Imagens retiradas do link:




Finalizando

Eu acredito que poucos sobreviveram à esse post também.

E por hoje é só. Mesmo tendo sido lembrado em seu aniversário de 26 anos em 2016 e ter feito uma linha de perfis de personagens durante a divulgação de Street Fighter V e tendo lançado o jogo anteriormente n0 3DS Virtual Console e no Wii U Virtual Console em 2014, infelizmente o jogo tem um problema elementar que é a falta de equilibro entre o tempo de resposta da jogabilidade e a dificuldade proposta pelo autor do jogo. Fica difícil de conseguir aproveitar um jogo que te propõe à fazer algo que você tem que decorar cada passo dado.

Esse é realmente um dos títulos mais mal aproveitados da Capcom. Nessa época ela ainda não sabia o que iria fazer com a série Street Fighter e talvez por isso os padrões estabelecidos tenham sido tão baixos. A notícia boa é que isso jamais se repetiria até o presente momento (2020). A Capcom passou a ter mais cuidado com os jogos da série no futuro, até passar novamente por outro motivo de "imobilidade" da franquia entre 2002 e 2007.

Espero que vocês tenham curtido o post e voltem em breve pra curtir mais um!

Sigam-me os bons! \o\~~~~~~

2 comentários:

  1. Eu ri alto da nota da primeira imagem: "O forte do jogo infelizmente não é a jogabilidade. E também não é a música, gráficos ou a diversão."
    Não poderia concordar mais!!!! HAHAHAHAHA!
    Agora, não entendi uma coisa: "o jogo não é ruim, mas se tivesse sido lançado com outro nome, ele teria sido completamente ignorado". Não soa contraditório? rs... os caras do ScrewAttack piraram na batatinha.
    Enfim, eu tentei umas três vezes na vida jogar essa inhaca, fiquei puto em todas elas e larguei. Não sei se tento voltar de novo um dia, acho que não. Filho bastardo é até elogio pra ele... hahahaha!
    Nem a história presta, tá doido. Talvez a japa...
    Enfim, ótimo texto!
    Valeu João!

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    1. Hoje em dia existe um "culto" aos jogos chamados de "Nintendo Hard" dessa época. A maioria daqueles jogos que o ScrewAttack tanto atacava nos vídeos e o próprio AVGN abordou hoje são sinônimos de "Hardcore Gaming", já que é você que termina o jogo e não o contrário.
      -
      Não importa qual o problema com o jogo, o prazer está em achar aquela estratégia matadora que faz parecer que o jogo é fácil de ser finalizado. Quanto ao "completamente ignorado" é justamente pelo peso que a franquia Street Fighter carrega hoje que esse jogo sempre volta à tona em alguns círculos. Não fosse o título teria caído no esquecimento como tantos títulos do NES nesse estilo (Wrath of the Black Manta, Kick Master, e por aí vai.

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