quinta-feira, 30 de abril de 2020

Street Fighter EX2


Street Fighter EX2 (Arika, Arcade) - Lançado em 26 de Maio de 1998 nos Arcades, SF EX2 é um jogo de luta com gráficos poligonais produzido em parceria entre a Arika e a Capcom, que foi lançado na placa Sony ZN-2 - a mesma em que Tekken 3 foi produzido. Essa placa era uma versão mais poderosa que a ZN-1, que contem um hardware muito próximo do PlayStation, porém com maior poder gráfico e tempo mais rápido de leitura.

O jogo foi subsequentemente lançado para o PlayStation e manteve a característica da série de misturar personagens criados pela Capcom e novos criados pela Arika especificamente para o jogo sem nenhuma história de fundo propriamente dita. Cada personagem criado pela Arika é o rival de um personagem originalmente criado pela Capcom.


Jogabilidade

As habilidades de Ryu estavam tão poderosas que os cientistas tiveram que estudá-lo à fundo.

A versão original de EX2 mantém todas as características do jogo anterior, Street Fighter EX Plus, incluindo as GUARD BREAKS (golpes únicos que não podem ser defendidos pelo oponente) e os SUPER CANCELLING (a habilidade de cancelar um Super Combo com outro Super Combo).

A primeira novidade no jogo são os EXCEL COMBOS (EXCEL é a combinação das palavras EXTRA CANCEL). Assim como os CUSTOM COMBOS de Street Fighter Alpha, os Excel Combos permitem o jogador conectar uma série de golpes básicos e especiais por um tempo limitado. Durante o mesmo, o jogador começa com um golpe básico que pode ser conectado a outro e assim por diante, até chegar no quarto ou quinto golpe que é aonde se permite emendar o golpe especial. Entretanto, o jogador não pode conectar dois golpes iguais, ou cancelar golpes especiais com golpes básicos.


Personagens

No bom estilo "Se Ela Dança, Eu Danço", a Arika continuou a sua agenda de criar um personagem rival 
para cada personagem da Capcom incluso no jogo.

Ryu, Ken, Chun-Li, Zangief e Guile, que estavam no primeiro jogo, retornam em EX2 junto com os personagens Hokuto, Skullomania, Doctrine Dark e Cracker Jack. Dhalsim, que era exclusivo da versão PlayStation "EX Plus α" volta junto com 4 estreantes no jogo: Blanka e Vega de Street Fighter II e os novatos Sharon (uma agente especial ruiva) e Hayate (um espadachim japonês).

Allen Snider, Blair Dame, Darun Mister, Pullum Purna e M. Bison ficaram de fora da versão original de Street Fighter EX2 nos Arcades, porém Darun, Pullum e M. Bison retornariam em Street Fighter EX2 Plus, enquanto Allen e Blair apareceram em outro jogo de luta da Arika, não relacionado com essa franquia, chamado Fighting Layer. Sakura Kasugano, que estava presente em Street Fighter EX Plus α para PlayStation ficou omissa em todas as versões de EX2, mas retornaria na continuação Street Fighter EX3.

Há também 4 personagens secretos: Kairi, do Street Fighter EX original, retorna como personagem secreto junto com os novos personagens Shadow Geist (um super herói fantasiado como Skullomania) e Nanase (irmã mais nova de Hokuto e Kairi, que porta um cajado). Garuda retorna como chefe final. Todos os 4 personagens podem ser selecionados se o jogador alcançar certos requerimentos.


Ryu

Ken

Chun-Li

Zangief

Guile

Hokuto

Skullomania

Doctrine Dark

Cracker Jack

Dhalsim

Blanka

Vega (EU/US) / Balrog (JP)

Sharon

Hayate

Kairi

Shadow Geist

Nanase

Garuda

Street Fighter EX2 Plus

Pullum Purna

Darun Mister

Sagat

Vulcano Rosso

Area

M. Bison (EU/US) / Vega (JP)


Street Fighter EX2 Plus

Street Fighter é o meu pastor e upgrade não me faltará.

Em 11 de Junho de 1999, essa versão melhorada chegou aos Arcades. O jogo trás de volta todos os personagens anteriores com a exceção de Hayate, que por alguma razão desconhecida foi removido do jogo. Nanase agora ocupa o lugar dele no Player Select. M. Bison, junto com Pullum Purna e Darun Mister, que foram excluídos do EX2 original, voltaram em EX2 Plus.

Sagat faz a sua estreia na série EX junto com os novos personagens Vulcano Rosso (um lutador italiano) e Area (uma jovem equipada com um braço mecânico. Uma versão não selecionável de Bison chamada de "Bison II" aparece no final do jogo como o último oponente no Single Player caso alguns requerimentos sejam alcançados.

Além aos SUPER COMBOS e EXCEL COMBOS, SFEX2 Plus apresenta os METEOR COMBOS, uma versão mais poderosa dos Super Combos que só pode ser usada se todas as 3 barras estiverem cheias. Nos jogos anteriores, alguns personagens tinham esse tipo de Super Combo, mas aqui em EX2 Plus todos os personagens tem o seu. O EXCEL COMBO também foi reformulado e agora o jogador pode conectar o mesmo golpe ou SPECIAL MOVE que quiser durante o combo, sem limitações.

Em 22 de Dezembro de 1999, o jogo chegou ao PlayStation com os modos clássicos ARCADE, VERSUS e PRACTICE, junto com o novo DIRECTOR MODE e o BONUS GAME de destruir satélites. Hayate, que foi excluído da versão Arcade, retorna como personagem secreto.


Música

Como diz o ditado: "Em time que está ganhando, não se mexe". Graças à isso, houve um grande
amadurecimento musical na trilha sonora do jogo.

Assim como no jogo anterior, a música foi composta pelos compositores Takayuki Aihara, Shinji Hosoe e Ayako Saso, que antes de se juntarem à Arika trabalhavam com a Namco. A trilha sonora do jogo foi lançada em 18 de Junho de 1998 pela gravadora Scitron. E assim como o jogo anterior, uma trilha sonora remixada foi lançada em 23 de Julho de 1998 pela gravadora Suleputer, que conta também com os talentos dos compositores Yasunori Mitsuda e Toshimichi Isoe.


Legado

O jogo foi bem mais recebido do que o anterior, porém a sua principal crítica ainda era a falta de história.

Na Ação Games nº148, o jogo recebeu nota 8,5 em uma análise curta, na qual foi notada o exagero dos METEOR COMBOS e teve seus gráficos, som e combos elogiados. Já na Gamers nº52, o jogo recebeu a nota 4.4 de 5 com a seguinte lista de PRÓS: "Uma grande revolução na jogabilidade, gráficos e movimentação; Tudo que o primeiro tinha e um pouco mais" - e CONTRAS: "Os personagens, quando estão perto, ficam muito mal definidos; Demorou muito para chegar".

Na SuperGamePower nº71, Baby Betinho deu as notas 5/5/5/4 para os quesitos Controle, Diversão, Gráfico e Som, deixando as seguintes notas: Ponto Forte, cenários bem trabalhados com bons efeitos; Ponto Fraco, Finais pobres, não há história.

Mesmo expandindo o jogo, o jogo não conseguiu vender a mesma quantidade de cópias do seu antecessor, mas chegou a vender 300.000 cópias. O jogo foi cogitado pela Capcom de ser lançado no Dreamcast na época, porém o projeto foi cancelado antes mesmo de ser iniciado pois a Arika iria trabalhar em uma continuação do jogo, que também acabou não aparecendo no Dreamcast.


Imagens e Vídeos do Jogo





Artwork

Ryu

Ken

Chun-Li

Zangief

Guile

Hokuto

Skullomania

Doctrine Dark

Cracker Jack

Dhalsim

Blanka

Vega (EU/US) - Balrog (JP)

Sharon

Hayate

Kairi

Shadow Geist

Nanase

Garuda

Pullum Purna

Darun Mister

Sagat

Vulcano Rosso

Area

M. Bison


Arte Conceitual




Capas

A capa japonesa dessa vez ficou bem mais caprichada e utiliza a mesma arte da versão Arcade.

Nos Estados Unidos, voltaram a usar uma Artwork em 3D genérica na capa com o personagem Ken Masters.

Dessa vez, na Europa, a Virgin Interactive decidiu usar a mesma arte do Arcade,
embora a disposição na capa seja diferente da versão japonesa do PlayStation.


Finalizando

Street Fighter EX2 foi um passo à frente em todos os quesitos, mas porque será que a Arika insistia
em não produzir um roteiro para o jogo?

E por hoje é só. A Arika realmente se superou no lançamento desse jogo, cobrindo praticamente todas as áreas que faltavam polimento no jogo anterior e trabalhando mais a música, gráficos e até mesmo a arte. A real pena mesmo é que como a relação entre Capcom e Nintendo estava estremecida devido à escolha da mesma em usar cartuchos no Nintendo 64, aumentando bastante o custo de produção dos jogos, fez com que a série ficasse exclusiva em sistemas PlayStation.

O que sempre não ficou claro pra mim é porque a Arika nunca quis trabalhar uma história no jogo, mas nas versões caseiras para PlayStation insistia em colocar alguma CG aleatória como final dos personagens. Eu vejo isso como uma perda de tempo, porque naquela época as CGs eram usadas como parâmetro de qualidade - é só ver o que a Namco fez com Tekken 3 ou mesmo a fama da Square Enix em produzir cenas de "cinema" em seus jogos.

Para o próximo jogo, a Arika tinha a difícil missão de levar a franquia a recém-lançada 6ª geração de consoles,  mais precisamente somente o PlayStation 2, porém no formato limitado de um CD-ROM. O que será que eles fizeram pra fazer o jogo caber em um CD-ROM mesmo sendo lançado numa geração aonde os dados chegavam a ocupar 4x mais espaço devido ao detalhamento gráfico maior? Bom, isso é para o próximo post.

Espero que vocês tenham curtido esse post e voltem em breve pra curtir mais um!

Sigam-me os bons! \o\~~~~~~

5 comentários:

  1. Amigo você vai fazer algum dia a análise do Megaman 11 e dos 2 volumes da Megaman Legacy Collection e da Megaman X Legacy Collection? Pensa bem só falta esses títulos da série clássica e da série X pra tu terminar de analisar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim amigo, Mega Man 11 está na minha lista de futuros posts! Já essas Legacy Collection no momento ainda não estão porque como elas reúnem material antigo com pouquíssimos cortes, eu teria que jogar mais a fundo pra descobrir essas diferenças e não tenho acesso à esses jogos no momento!

      Excluir
    2. Pra falar a verdade que me lembro dessas Legacy Collection elas tem só umas pequenas diferenças como por exemplo no X4 na intro do game quando o General faz aquela pose ao maior estilo Adolf Hitler, a Capcom censurou isso e diminuiu o brilho das cutscenes do X4 pra não dar epilepsia, etc...

      Excluir
    3. Isso, justamente esse tipo de coisa que eu não sei porque não comprei essas coletâneas. Infelizmente vai levar um pouco mais de tempo do que o Mega Man 11.

      Excluir