O jogo foi dirigido, escrito e parcialmente programado por Paul Cuisset, que havia trabalhado temporariamente na criação de um adventure chamado Future Wars, junto com Eric Chahi. Flashback está listado no Guinness World Recordes como o jogo francês mais vendido de todos os tempos.
A história se passa no ano de 2142 e detalha a jornada de Conrad B. Hart, um agente da Galaxia Bureau of Investigation (um FBI galactico) e sua tentativa de recuperar sua memoria para conseguir salvar o mundo. Durante uma de suas investigações, Conrad descobre um plano para destuir a Terra envolvendo aliens que se infiltral na sociedade e estão tomando os cargos mais altos.
Esses aliens mutadores são descobertos graças aos seus monóculos que medem a densidade molar. Conrad então envia uma cópia de sua memória para o seu amigo Ian e grava uma mensagem para si mesmo em um cubo holográfico como precausão caso ela seja apagada.
A medida que ele avança na missão, eventualmente os aliens sequestram Conrad e apagam a sua memória. Ele consegue escapar, mas é deixado sem nada em uma floresta que fica em Titan completamente sem a noção de quem ele é. Isso que você acabou de ler é uma narração da abertura do jogo, que é te apresentado em uma belissima cena de animação em flash ou CG, dependendo da versão do jogo.
Se em Another World o jogo era mais linear e curto, Paul Cuisset utilizou aqui o conceito do primeiro Prince of Persia, colocando várias telas que não avançam com o seu movimento mas sim mudando ao você chegar ao fim dela e vários níveis e sub-níveis para cima e para baixo, fazendo com que Conrad seja obrigado a pular, segurar nas beiradas, subir, usar elevadores e cair em níveis mais baixos.
Conrad exibe movimentos realisticos enquanto corre e pula e também fraquezas: ele irá morrer se cair de uma altura muito alta. A medida que o jogo vai passando, você vai ser surpreendido por mais e mais puzzles, requerindo que você pense direito sobre como vai chegar até o seu destino.
Mais avante no jogo, Conrad recebe uma maquininha de teletransporte que é utilizada da seguinte maneira: ele joga o teleporte no chão e assim pode alcançar áreas que seriam muito altas para ele cair em apenas um pulo. Mais ou menos assim: um desfiladeiro super profundo e você nem vê o chão, mas o seu objetivo é chegar lá embaixo, então ele joga a base do teletransporte lá, espera um tempo e depois ativa o controle remoto e ZAZ já aparece lá embaixo.
Entre outros itens úteis na jornada de Conrad, ele tem uma pistola laser com munição infinita, um escudo que absorve uma certa quantidade de tiros laser antes de precisar ser recarregado e um escudo de força portátil que forma uma barreira e desvia os projéteis inimigos.
Flashback foi lançado inicialmente para o Amiga em 1992 e depois portado para DOS, Acorn Archimedes, Mega Drive e Super Nintendo em 1993. Lançamentos em CD foram feitos para Sega CD, 3DO, CD-i, DOS, Macintosh e FM Towns durante 1994 e 1995, junto com uma versão cartucho para Atari Jaguar em 1995.
Por padrão, a versão para DOS tem a cena de abertura extendida e várias pequenas cutscenes a mais do que a versão do Amiga, como aquelas que acontecem quando você pega itens. Porém, dá pra ligar essas pequenas cutscenes no Amiga, mas com isso irá ocasionar em vários loadings toda vez que essas cenas forem carregadas - a não ser que a pessoa instalasse o jogo no disco rígido.
A versão para Amiga também tem uma opção em que você dar um zoom em qualquer área onde Conrad esteja atirando mas devido as criticas, isso foi removido das outras versões - embora ainda haja essa opção na versão disquete para DOS. A mensagem que Conrad escreve no final também é diferente na primeira versão para Amiga.
Lançado originalmente num disquete 3.5" para DOS, os relançamentos em CD para 3DO, CD-i, PC e Sega CD trazem CGs com dialogos e som, diferente das cutscenes desenhadas a mão dos originais. A versão do Sega CD ainda trás vozes durante o jogo e audio qualidade de CD para todos os estágios. O port para o Jaguar trás a mesma tela inicial das versões em CD, embora a música seja diferente e as cenas não são em CG.
Na américa, as versões para Mega Drive, Super Nintendo e Sega CD traziam uma revista da Marvel Comics dentro do manual em ordem de explicar a história inicial. As versões PAL do Mega Drive e Super Nintendo (não houve um lançamento para Sega CD lá) omitiu a revista e foi colocado apenas um texto no lugar.
A versão para Super Nintendo também foi censurada, com o bar de New Washington virando um "cafe" e Death tower renomeada para Cyber Tower. Essa versão também ficou bastante conhecida pelos vários slowdowns inexistentes em outras versões lançadas.
Algumas e videos das versões lançadas:
Amiga:
DOS:
Mega Drive:
Super Nintendo:
3DO:
*Imagens gentilmente cedidas pelo site MobyGames.
Philips CD-i:
Sega CD:
FM Towns:
*Imagens gentilmente cedidas pelo site MobyGames.
Atari Jaguar:
*Imagens gentilmente cedidas pelo site MobyGames.
Apesar de terem seguido caminhos diferentes, ambos designers lançaram mais um jogo naquela época ainda, mas para outras plataformas. Na próxima semana, aproveitando o embalo de Flashback, eu vou falar da continuação direta do jogo, Fade to Black, que foi lançada em 1995 e também foi dirigido e escrito por Paul Cuisset assim como falar um pouco mais sobre a carreira dele e na semana seguinte falarei de Heart of Darkness, que foi lançado em 1998, outro jogo escrito e dirigido por Eric Chahi mas dessa vez com alguma ajuda externa no desenvolvimento.
Ambos designers apesar de terem trabalhado juntos tentando desenvolver o gênero cinemático nos jogos, seguiram caminhos bastante diferentes um do outro e chegaram até mesmo a lançar jogos para a geração atual de consoles. Não fiquem preocupados que eu irei comentar sobre isso tudo nos próximos posts, não vu deixar nenhum detalhe passar. Vejo vocês na semana que vem.
Sigam-me os bons! \o\~~~~~~
Excelente matéria! Adorei!
ResponderExcluirEsse jogo é sensacional!!
Jogão!! Lembro q joguei ele no SNES, mas nunca consegui terminar >_<
ResponderExcluirOutro Retrojogo para a lista xD
Adorava jogar esse game no Mega Drive. Realmente muito divertido e desafiador. Posteriormente joguei a versão do Sega CD no emulador com as cutscenes mais elaboradas e trilha sonora impecável. Também vi algumas versões de outros consoles, por isso se alguém que ainda não jogou quiser dar uma chance ao game, sugiro a versão do Sega Cd que é a mais bonita.
ResponderExcluirMuito bom o post, como sempre. Não sabia que existiam tantas versões desse jogo! Na verdade o conheci no Mega Drive (pra variar), mas lembro de ter visto no Super NES também. Como nunca fui de jogar em computadores, não sabia/lembrava que existia versão de PC. De SEGA CD então nem imaginava. Legal esse esquema dos quadrinhos da Marvel, pelo visto teve todo um auê em cima do jogo e eu nem cheguei a ver.
ResponderExcluirEngraçado que nunca terminei nenhum destes adventures, aliás, joguei todos eles muito pouco. Não sei se não tinha muita paciência na época ou qual o problema, mas com certeza vou ver se consigo investir um tempo neles. Os jogos são muito compridos?
Abraço
Iae sambamba! Porra muito bom esse jogo.
ResponderExcluirLembro de ter zerado algumas vezes.
Curti o blog, abraço.