sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Mega Man: Dr. Wily's Revenge


Mega Man: Dr. Wily's Revenge (Minakuchi Engineering, Game Boy) - Lançado em 26 de Julho de 1991 no Japão como "Rockman World", este é um jogo de plataforma publicado pela Capcom exclusivamente para o Game Boy. É o primeiro jogo portátil da franquia Mega Man e continua as aventuras do herói androide azul e seu confronto com Dr. Wily, que recentemente despachou seus "Robot Masters" reconstruídos e um novo "Mega Man Killer" chamado Enker.

De acordo com o artista da série Keiji Inafune, Dr. Wily's Revenge foi o primeiro jogo de Mega Man que foi produzido por outra desenvolvedora além da Capcom. A recepção do jogo foi bem favorável e o mesmo vendeu bastante, o que fez com que a Capcom investisse em mais 4 sequencias próprias para o Game Boy, sempre reutilizando elementos das versões de NES e fechando com um jogo inteiramente novo.

Em 2011, a Capcom relançou esses jogos no eShop do Nintendo 3DS.



História

O azulão não recebe férias nem no seu bolso. E ainda por cima, tem que ficar chutando as mesmas latas velhas...

Graças aos esforços de Mega Man, o super robô criado por Dr. Light, as ambições de Dr. Wily não se tornaram realidade. A paz retornou ao mundo, mas Dr. Wily secretamente alterou os robôs industriais desenvolvidos pelo Dr. Light. Depois de tudo o que aconteceu, Dr. Wily não abandou o seu desejo de dominar o mundo. Para impedir mais uma vez que Dr. Wily realize o seu sonho, Mega Man foi até a cidade.

Depois de ter derrotado os 4 Robot Masters, Mega Man vai até o Castelo Wily apenas para descobrir que mais 4 Robot Masters o esperam lá. Para piorar a situação, Dr. Wily construiu um novo e poderoso robô, um "Mega Man Killer" conhecido como Enker. Enker tem a habilidade de absolver os disparos de Mega Man com a sua lança e retornar uma poderosa explosão de energia com o seu Mirror Buster; entretanto, Enker é derrotado e Mega Man persegue Dr. Wily em sua Estação sob a Terra, usando o próprio Mirror Buster do Enker para derrotá-lo. Depois da batalha, a Estação Wily é destruída e Mega Man retorna para a Terra em uma nave espacial.


Robot Masters

Cut Man [DLN-003]
Arma: Rolling Cutter
HP: 19
Ponto Fraco: Fire Storm

Ice Man [DLN-005]
Arma: Ice Slasher
HP: 19
Ponto Fraco: Thunder Beam

Fire Man [DLN-007]
Arma: Fire Storm
HP: 19
Ponto Fraco: Ice Slasher

Elec Man [DLN-008]
Arma: Thunder Beam
HP: 19
Ponto Fraco: Rolling Cutter


Fortaleza do Dr. Wily

Bubble Man [DWN-011]
Arma: Bubble Lead
HP: 19
Ponto Fraco: Quick Boomerang

Quick Man [DWN-012]
Arma: Quick Boomerang
HP: 19
Ponto Fraco: Time Stopper

Flash Man [DWN-014]
Arma: Time Stopper
HP: 19
Ponto Fraco: Ice Slasher

Heat Man [DWN-015]
Arma: Atomic Fire
HP: 19
Ponto Fraco: Bubble Lead


Mega Man Killer

Enker [MKN-001]
Projetado por: Keiji Inafune
HP: 19
Arma: Mirror Buster
Dano: 1 (Mirror Buster, pequeno); 2 (Mirror Buster, médio);
3 (Contato; Mirror Buster, Grande)
Ponto Fraco: Mega Buster


Wily Machine I

Wily Machine I (Forma 1)
HP: 19 + 19
Ponto Fraco: Atomic Fire (Forma 1);
Mirror Buster (Forma 2)

Wily Machine I (Forma 2)


Jogabilidade

A palavra do jogo é: reciclagem: Aqui vemos a única habilidade nova do jogo que é o Mirror Buster.

Mega Man: Dr. Wily's Revenge é um jogo de plataforma com ação que compartilha várias similaridades com os seus homólogos de NES. O jogador, como Mega Man, pode escolher entre 4 fases para completá-las na ordem que desejar. Cada fase trás vários inimigos para serem derrotados e obstáculos para serem superados, como um buraco entre blocos que desaparecem sob espinhos mortais e buracos sem fundo. A arma primária de Mega Man é um canhão de braço que tem munição ilimitada.

Os inimigos destruídos geralmente deixam itens de cura e vidas extras para trás. No final de cada fase há uma batalha contra o chefe (chamado na série de Robot Master), que uma derrotado deixará para o jogador a sua arma especial. Cada chefe tem uma vulnerabilidade à outra arma, permitindo ao jogador criar estratégias para escolher em qual ordem eles serão derrotados.

Dr. Wily's Revenge reutiliza e modifica componentes de fases, inimigos e Robot Masters dos primeiros 2 jogos de NES da série Mega Man. As 4 fases iniciais e chefes (Cut Man, Ice Man, Fire Man e Elec Man) vieram do primeiro Mega Man. Um sistema de senha permite que o jogador retorne para o jogo em qualquer uma ou todas essas 4 fases forem completadas ou quando o jogador recebe um GAME OVER.

Uma vez completadas, o jogador é levado para a fortaleza do Dr. Wily e 4 novos Robot Masters devem ser enfrentados para progredir. Esses chefes (Quick Man, Bubble Man, Flash Man e Heat Man) vieram de Mega Man 2 do NES. Apesar de não estarem em suas próprias fases, o jogador recebe as habilidades especiais desses chefes. Uma vez derrotados, é hora de encarar o novo Robot Master criado exclusivamente para o jogo: Enker.


Desenvolvimento

Eis o Item-1 de Mega Man 2 presente no jogo. Keiji Inafune desenhou não apenas um sprite novo mas também essa nova artwork pra mostrar a função da arma no jogo.

De acordo com o artista da série Keiji Inafune, Dr. Wily's Revenge foi o primeiro jogo de Mega Man que foi produzido por outra desenvolvedora além da Capcom. Ele achou que o jogo deu certo porque o líder do projeto era "um grande fã de Mega Man" que parecia entender os jogos melhor que alguns empregados da própria Capcom.  Keiji Inafune redesenhou várias de suas antigas ilustrações dos jogos anteriores porque ele achava que elas não haviam envelhecido bem e serem usados como sprites.

A partir de Mega Man 2 do NES, a Capcom começou a aceitar ideias de chefes vindas de fãs. Apenas em Dr. Wily's Revenge o Inafune conseguiu fazer um chefe do zero. Para manter a tradição temática musical no nome dos personagens, o novo personagem Enker foi nomeado assim por causa do gênero japonês Enka.

A decisão de lançar um jogo da série Mega Man no Game Boy veio à tona depois do lançamento de Mega Man 3 no NES. Os primeiros relatos de Dr. Wily's Revenge foram feitos em Fevereiro de 1991 nas revistas GamePro e no "Guia Oficial para Mega Man" de Steven A. Schwartz. A versão Norte-Americana do jogo e o primeiro Mega Man para DOS compartilham uma arte de capa similar. Ao invés de terem utilizado uma nova ilustração, esta versão é um retocamento da capa Norte-Americana de Mega Man 3, com a paisagem e os Robot Masters removidos do fundo.


Recepção e Legado

Uma das propagandas de divulgação do jogo. Na época, era algo bem inovativo ter um Mega Man no seu "bolso" e eles exploraram bastante isso.

A recepção dos críticos para o jogo foi acima da média, com a opinião popular de que o jogo retém a respeitável jogabilidade de "andar e correr" dos primeiros jogos da série para o NES. "Isto faz com que o jogo seja especialmente atrativo para adultos," proclamou Bob Strauss da revista Entertainment Weekly, "poder escolher entre 4 fases para começar a sua jornada, evitando aquela fórmula linear que apenas crianças de 12 anos acham hipnóticas."

O uso de fases e chefes antigos não foi recebido positivamente por todos. A revista GamePro ficou desapontada com a falta de originalidade do jogo mas preferiu o uso de conteúdo reciclado do que algo novo feito em qualidade inferior ao que foi mostrado. Em uma retrospectiva da franquia Mega Man publicada em 2007 no site 1UP.com, o escritor Jeremy Parish disse que o uso de detalhes reciclados eram aceitáveis na época do lançamento original mas que o jogo "não conseguiu se consagrar."

Críticos também comentaram sobre a alta dificuldade do jogo. Craig Skistimas do site ScrewAttack disse que certas partes do jogo simplesmente exigem que o jogador já tenha jogado certas partes mais de uma vez para suceder. O colaborador Colin Williamson do site Allgame disse que o jogo é extremamente difícil devido ao seus "saltos-píxel perfeitos", e "grande números de inimigos e projéteis voadores", além da falta de checkpoints em todas as fases.

O editor do site IGN Lucas M. Thomas apontou que o grande tamanho do sprite do personagem e a pequena tela do Game Boy fazem com que desviar de certos ataques inimigos seja desafiador demais e as vezes até impossível de fazê-lo. Além disso, ele também falou que a dificuldade do jogo pode ser agravada devido à falta dos Energy Tanks, que foram introduzidos em versões subsequentes da série no NES.

Os leitores da revista GamePro elegeram Dr. Wily's Revenge como o melhor jogo portátil de 1991, já os leitores da revistas Nintendo Power elegeram-o o 5º melhor jogo de Game Boy daquele ano. Na América do Norte, Dr. Wily's Revenge foi lançado sob o selo "Nintendo's Player's Choice" de grandes vendas em 1996. O jogo foi seguido de 4 continuações no Game Boy, nas quais 3 delas utilizaram a mesma fórmula de reciclagem de conteúdo de jogos do NES. No Japão, o jogo ficou disponível no serviço de entrega da Nintendo Power em 13 de Março de 2001.

A Capcom tinha planos de lançar uma coletânea em cores de todos os 5 jogos originais do Game Boy no Game Boy Advance em 2004, mas o projeto foi cancelado sem nenhuma explicação dada pela empresa. Em 2011, Dr. Wily's Revenge foi lançado como um título de estréia no Virtual Console da Nintendo eShop japonesa para o Nintendo 3DS. O jogo foi eventualmente lançado na região PAL e América do Norte ainda naquele ano.

O personagem Enker, que estreou neste jogo, apareceu como um chefe em Mega Man V e como personagem selecionável no jogo de Super Nintendo Mega Man Soccer. Um estágio disponível via download em Mega Man 10 apresenta Enker como chefe e a sua característica arma Mirror Buster é uma recompensa caso seja derrotado.


Imagens e Vídeos do Jogo





Galeria de Capas

No Japão, foi utilizada a nova artwork desenhada pelo Keiji Inafune. Uma curiosidade: a empresa que produziu o jogo também fez a coletânea "Mega Man: The Wily Wars" para Mega Drive que no Japão se chama "Rockman Mega World". O único jogo da série para o Game Boy que ela não produziu foi Mega Man II.

Nos Estados Unidos, essa bela arte de capa foi adicionada ao jogo. O jogo iria se chamar "Mega Man World" assim como no Japão, porém o título foi removido de ultima hora e acabou recebendo um subtitulo no lugar para diferenciar do seu "parceiro" maior no NES.

Dependendo de qual região o jogo era vendido na Europa, o subtítulo era traduzido para a sua língua local.


Finalizando

As artworks orientais do jogo eram sempre muito bonitas. Como eles conseguiam estragar isso aqui no ocidente?

E por hoje é só. Como podem ver, um ótimo exemplo de como explorar as limitações de uma plataforma tentando adaptar um novo título para uma plataforma inferior ao jogo original, porém acabaram exagerando um pouco na dificuldade do jogo, considerando que a faixa etária dos jogadores de portátil naquela época. E para um jogo "on the go", ele era bem longo considerando o tempo que se leva pra terminar pela primeira vez.

Essa fórmula de reciclagem de jogos do NES seguindo o seu próprio roteiro e linha de tempo no Game Boy continuaria até Mega Man IV. A Capcom deu liberdade à Minakuchi Engineering de fazer um jogo novo com Mega Man V que saiu em 1995. No próximo post eu volto pra falar sobre Mega Man II, que foi produzido por outra empresa e gerou algumas opiniões divididas sobre os jogos da série no portátil da Nintendo. Espero que você tenha curtido esse post e volte em breve para curtir mais um!

Sigam-me os bons! \o\~~~~~~

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