Street Fighter III: New Generation (Capcom, CPS-III) - Lançado nos Arcades no dia 4 de Fevereiro de 1997, foi o segundo jogo produzido para a CPS-III, a mais nova máquina da Capcom que utilizava CD-ROM ao invés de cartuchos e conseguia fazer gráficos 2D ainda mais elaborados que o seu hardware anterior.
O jogo foi feito para ser a continuação direta de Street Fighter II, descartando assim todos os personagens clássicos com a excessão de Ryu e Ken e com um novo protagonista chamado Alex. Seguindo a mesma linha, um novo antagonista chamado Gill toma o lugar de M. Bison como novo chefe.
Jogabilidade
Essa versão do jogo trás 10 personagens diferentes (não contando Yun e Yang separadamente) e um chefe não controlável. No modo normal, você irá enfrentar 7 oponentes controlados pela CPU, sendo o último deles sempre Gill.
A jogabilidade aqui é claramente baseada em Super Street Fighter II Turbo, porém com uma maior variedade de habilidades e características únicas. Agora é possivel dar uma arrancada para frente ou para trás como em Darkstalkers, realizar pulos altos e levantar rapidamente depois de receber um golpe. O jogo também introduziu o "leap attack", um pequeno salto realizado que resulta em um contra-ataque aéreo rápido que não pode ser bloqueado porque não há defesa aérea como em Street Fighter Alpha.
A principal função nova introduzida em Street Fighter III é a inclusão das Super Arts - que é bastante similar ao Super Combo de SSFII Turbo e a série Alpha. Depois de escolher o personagem, você irá para uma segunda tela de seleção com 3 Super Arts específicas para escolher. Uma vez escolhida, não pode muda-la até a próxima jogada.
Como na série Alpha, a uma barra específica para o Super Combo que é completada a medida que você vai atacando e defendendo os golpes do inimigo - dependendo da Super Art escolhida, sua barra pode ter de 1 à 3 níveis.
E a última grande novidade foi a habilidade do "parry" (desviar). Com essa habilidade você pode evadir o golpe do inimigo sem receber aquele pequeno dano de quando ele é defendido. No momento exato que o ataque inimigo estiver para acerta-lo, basta colocar o direcional para frente que o parry será acionado, deixando assim o oponente vulnerável à um contra-ataque.
Com essa habilidade é possivel se defender contra Special Moves e Super Arts sem receber dano ou enchendo a barra de "stun", que é o que acontece quando você defende os golpes normalmente. Entretanto, para usar o parry tem que ter um timing preciso ou você acaba levando mais dano do que esperava.
Gráficos
É aqui aonde o jogo tem seus melhores pontos. Devido ao hardware da CPS-III que permite o uso de 32 mil cores simultaneas, o resultado é estonteante: cenários vividos, com uma certa quantidade de movimento que foi aprofundada nos outros jogos da série.
Street Fighter III é o primeiro jogo de luta que trazia 60 quadros de animação por personagem, o que gerava uma movimentação ainda mais fluida e com pequenos detalhes que não eram possíveis em nenhum outro hardware da época. O único porém é que a máquina não conseguia processar bons poligonos em 3D, deixando o foco apenas no 2D.
Só para se ter uma noção: os jogos da série The King of Fighters, The Last Blade e o jogo Garou: Mark of the Wolves que são conhecidos por suas animações fluidas e bem feitas continham 30 quadros de animação por personagem.
Trilha Sonora
Esse aqui foi o departamento mais fraco. Trazia músicas muito fraquinhas e com arranjos muito fracos também, que não faziam em nada juz as outras trilhas sonoras da série. O único ponto positivo aqui é a tentativa da Capcom de tentar trazer um novo estilo músical ao jogo mais contemporâneo, porque o resto...
De bom mesmo só os efeitos sonoros dos golpes e as vozes dos personagens que ficaram bem caprichadas para a época.
Personagens:
O protagonista de Street Fighter III. Ele luta com golpes de curto alcance e rápidos ataques curtos. O objetivo dele é vingar o seu amigo Tom que foi derrotado por Gill.
Um elegante boxeador britânico que está tentando recuperar um carro antigo que foi roubado por Gill.
Uma princesa africana que usa o estilo da capoeira. Ela procura fazer novos amigos no torneio.
Uma aspirante a ninja cujo torneio é parte do seu exame final. Ela é bem rápida e agil.
Sabendo que Ryu entrou no torneio, ele entra também para testar suas habilidades contra o seu velho amigo.
Um homem russo que foi sequestrado e usado como experimento no projeto Illuminati chamado "G-Project". Ele anda com Effie, sua companheira.
Um eremita que procura um lutador digno de herdar o seu estilo de luta. Ele amarra um de seus braços enquanto luta, para impedir que mate acidentalmente o seu oponente - menos quando ele utiliza uma de suas Special Arts.
Como sempre, Ryu entra no torneio para melhorar suas habilidades e encontrar oponentes dignos.
Um jovem lutador brasileiro que foi treinado por Ken, ele procura melhorar as suas habilidades e provar que é forte.
Yang é um veterano lutador de Kung Fu de Hong Kong. Em "New Generation", ele é apenas uma paleta de cor diferenciada de Yun com os mesmos golpes.
Um lutador convencido que junto com Yang protege a sua cidade em Hong Kong. Ele é uma pessoa bem carismática que gosta de fazer as coisas do seu próprio jeito.
O lider de uma organização conhecida como Illuminati, que quer recuperar o equilibrio do mundo. Ele pode manipular o fogo e o gelo.
Artworks:
Alex
Dudley
Elena
Ibuki
Ken
Necro
Oro
Ryu
Sean
Yang & Yun
Concept Arts (Poses de Derrota)
Alex
Dudley
Elena
Ibuki
Ken
Necro
Oro
Ryu
Sean
Yang
Yun
Estágios
Artworks:
Alex
Dudley
Elena
Ibuki
Ken
Necro
Oro
Ryu
Sean
Yang & Yun
Concept Arts (Poses de Derrota)
Alex
Dudley
Elena
Ibuki
Ken
Necro
Oro
Ryu
Sean
Yang
Yun
Estágios
Pela primeira vez na série, vimos estágios que variavam entre dia/tarde/noite durante os rounds, porém nem todas as fases contém tais variações. Em alguns outros estágios, há mais de uma parte do cenário utilizada. Por exemplo: no estágio de Elena a luta começa encima de uma ponte de madeira que é quebrada no final do primeiro round forçando os lutadores a lutarem na parte inferior do vale.
Aqui vocês podem conferir os esboços para os estágios e suas variações:
New York
Londres
Quênia
Japão
Rússia
Brasil
New York
Hong Kong
Gill Stage
Screenshoots e videos da versão Arcade:
Versões lançadas
Tirando a versão original para a placa CPS-III, só houve uma versão caseira de New Generation que foi na coletânea "Double Impact" para Dreamcast. Esse foi um grande problema que a Capcom enfrentou na época do lançamento do jogo: nenhum console caseiro era poderoso o suficiente para comportar os jogos da série, portanto acabaram em poucos lançamentos caseiros.
O grande diferencial da versão do Dreamcast, além da trilha sonora mais limpa e nítida, era a possibilidade de controlar Gill, o chefe final do jogo, através de um código. Aqui abaixo você pode conferir uma gameplay do jogo com ele:
Legado
Só para constar aqui, a Capcom não tinha a intenção de colocar Ryu e Ken no jogo inicialmente mas depois de ter mostrado o jogo ao público e ter recebido uma recepção não muito positiva na fase de testes eles acabaram colocando os dois nas propagandas e posteriormente no jogo.
Esse também foi o jogo da série que teve o inicio mais "devagar", com pouca gente jogando-o na época do lançamento devido ao preço elevado das máquinas com a CPS-III (que também não era um hardware fácil de manusear) e pela falta de apelo ao público antigo, devido ao fato de que ela optou por trazer apenas personagens novos do que simplismente trazer todos de volta.
Esse último ponto pode ser discutido mas é um fato que afastou muitos do jogo, além do fato de que Gill é o chefe mais dificil de toda série.
Lenda urbana
Um boato muito engraçado chegou até a ocupar uma página inteira de uma revista americana pouco antes do lançamento desse jogo: o personagem "Sheng Long" estaria disponível pela primeira vez na série. Pra quem não está familiar com esse nome, era um erro de tradução das primeiras versões de Street Fighter II na qual a fala de vitória de Ryu dizia "You must defend Sheng Long to stand a chance" (Você deve derrotar Sheng Long para ter uma chance)" que na verdade a referência à Sheng Long era o Dragon Punch (Shoryuken), um dos seus golpes mais fortes.
Com o tempo foram se espalhando boatos de que Sheng Long era na verdade o mestre de Ryu e Ken (posteriormente Akuma também), sendo que na verdade o mestre deles é Gouken e não Sheng Long. Uma revista chegou a publicar uma página inteira sobre o personagem e screenshoots do jogo contendo o mesmo mas tais sprites nunca foram achados em nenhuma versão do jogo. Gouken por outro lado está em Street Fighter IV.
Aqui vocês podem conferir a tal matéria da revista mas não sei se vai dar pra ler tudo, esse é o melhor scan que eu consegui achar:
E por hoje é só. Na semana que vem eu trarei pra vocês o upgrade dessa versão, chamado de "2nd Impact: Giant Attack". Como de prache em toda a história da série Street Fighter, a Capcom lançou uma versão inicial para ver a reação do público, depois foi adicionando aos poucos e seguindo as duas recomendações para deixar o jogo mais próximo do gosto deles, porém nesse caso ela não conseguiu populariza-lo mesmo assim, devido a falta de video-games que pudessem receber uma conversão do jogo.
É isso ai, vejo vocês na que vem com um novo post de Street Fighter III!
Sigam-me os bons! \o\~~~~~~
Muito explanação do jogo mas nesse, eu acho que os produtores ficaram com preguiça de bolar historias mas profundas pro personagens,Dudlei gil levou carango dele kkk mutas outras, mas como falei a materia boa , :)
ResponderExcluirSheng Long? Nunca tinha ouvido falar. Esse jogo não joguei muito, mas vale a pena conferir a matéria.
ResponderExcluirNunca tinha lido muitas informações sobre esse jogo. Achei muito legal e não sabia que havia essa primeira versão. Há um deles que tem aquela loira que luta luta livre, né? É depois desse?
ResponderExcluirAgora fiquei curioso para saber daquela versão de SF para PSone... é... ExPlusAlpha que é meio em 3D, sabe? O que foi aquilo? É muito estranho!
Nossa, que lembrança boa essa do Sheng Long! Antigamente os trolls trabalhavam nas revistas! hahahaha!
ResponderExcluirEu só tive contato com SF III num demo que lançaram junto com o jogo na PSN e, pra ser sincero, não curti muito. Antigamente nem sabia direito desse jogo, só por fotos em revistas e papo de amigos.
Mais um belo review!
Abraço
mesmo jogando atualmente o Third Strike, vou procurar esse game para juntar a coleção. mesmo não tendo Urien,Hugo ou Q, para controlar. e o conversa do Shenlong...eu já ouvi falar de amigos do colégio na época, mas eu achava uma grande mentira, pois o recurso para tentar enfrenta-lo era absurdo demais.
ResponderExcluirmas teve gente que tentou...e quebrou a cara
nota que nesse jogo tem um erro quando o adversario e derrotado no primeiro round aparece as pontuaçoes como se ja tivesse derrota em todos os rounds
ResponderExcluirnota que nesse jogo tem um erro quando o adversario e derrotado no primeiro round aparece as pontuaçoes como se ja tivesse completado os rounds
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