quinta-feira, 19 de abril de 2012

Heart of Darkness


Heart of Darkness (Amazing Studio, PlayStation/Windows) - Lançado no dia 31 de Julho de 1998, é um jogo de plataforma cinemático 2D dirigido por Eric Chahi. É o primeiro jogo que teve sua trilha sonora gravada por uma orquestra mas devido aos vários atrasos no desenvolvimento, acabou não sendo o primeiro a ser lançado.

Você controla Andy, uma criança que odeia o seu professor abusivo, ama o seu cachorro Whiskey e tem Nictofobia. Um dia, Andy e Whiskey estão indo para o parque quando um eclipse solar acontece. Durante o eclipse, Whiskey é levado por uma criatura invisivel, então Andy corre para sua casa na árvore, onde ele mantém as suas invenções, e pula em sua espaçonave e vai atrás de Whiskey.

Andy tem a habilidade de correr, pular, andar, escalar e um salto mortal que o faz ficar mais tempo no ar. Além disso, ele pode atacar ou se defender usando o canhão de plasma ou usando sua energia mágica, dependendo de que parte do jogo você esteja.

O jogo é bem linear e você passará a maior parte do tempo completandod puzzles, movimentos sincronizados ou apenas andando direto para a próxima tela. Raramente você irá voltar à uma tela anterior. O que é bastante notável no jogo é a quantidade de maneiras que Andy pode morrer, a maioria dela chega a ser perturbadora.

Enquanto a maioria dos inimigos morrem como se fossem um desenho animado, Andy pode ser esmagado, incinerado, afogado, cair de um lugar muito alto, quebrar a costela ou ser comido vivo com uma incrivel quantidade de detalhes. Apesar disso tudo, o jogo ainda recebeu o selo "E" para todas as idades.

Um artifício extra no jogo, permitia você utilizar um par de óculos 3D vermelho/verde para que certas cenas fossem vistas em 3D.

Heart of Darkness levou 6 anos para ficar pronto. Todo esse tempo foi gasto criando a trilha sonora, os gráficos e as cenas em FMV. Houve até uma certa disputa por quem iria distribuir o jogo até eles decidirem que seria a Infogrames. Entre as outras empresas concorrentes estavam a Sega e a Atari. A Atari tinha planos de lançar o jogo para Atari Jaguar CD ao invés do PlayStation.

O jogo foi bem aceito pela midia especializada, que em sua maioria deu reviews positivos apenas criticando a pequena duração do jogo e sua baixa resolução. Mesmo assim, ainda alcançou a marca de 1,5mi copias vendidas - porém nem mesmo esses números salvaram a Amazing Studio da falência logo após o lançamento do jogo e o script do outro jogo que eles estavam planejando acabou virando o filme "Kaena: A Profecia".

Algumas imagens e videos do jogo:

PlayStation:


Windows:



E por hoje é só. Diferente do que aconteceu com Paul Cuisset, que depois de Fade to Black ainda chegou a produzir outros jogos antes da sua volta ao mundo dos games com AMY em 2012, esse foi o último jogo lançado por Eric Chahi até que em 2011 ele lançou From Dust com a ajuda da Ubisoft. Chahi sempre gostou de trabalhar em todos os departamentos do jogo e não apenas deixar alguém encarregado sobre uma certa parte, por isso o desenvolvimento dos seus jogos são sempre longos.

E com isso eu fecho essa sequencia de jogos de plataforma cinemáticos que foram feitos pelos designers Paul Cuisset e Eric Chahi. Ambos são franceses e embora o começo de suas carreiras não tenha sido muito boa, ambos não desistiram e lançaram seus melhores jogos (Another World e Flashback) quando ninguém estava esperando.

Na próxima semana, trarei um jogo de Mega Drive que foi baseado em um HQ de sucesso relativo e que iria ter uma versão pra Dreamcast, mas foi cancelada. Com essa deixa, termino o post de hoje e aguardo todos na semana que vem!

Sigam-me os bons! \o\~~~~~~

3 comentários:

  1. um dos melhores adventures que ja joguei, super recomendado, ótimo post como sempre Usopp o/

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  2. Pra manter a tradição, mais um game que eu sequer tinha ouvido falar ou lido a respeito. Só não sei como o garoto Andy tem medo do escuro se ele tem um canhão de plasma, mas tudo bem! hehehe
    De certa forma esse jogo com puzzles em 2D me lembrou (pela descrição, claro) o Limbo que recentemente saiu para PC e os consoles da geração atual. Só que uma versão menos "sinistra", apesar de ter todos esses tipos de morte tão cabulosos quanto.
    Muito legal a análise.
    Abraço

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    1. Ele realmente lembra Limbo em alguns aspectos, só que Limbo é mais cru em questão de jogabilidade, aqui você tem armas, o cachorrinho, etc... Ambos são muito bons na minha opinião. :)

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