quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Super Burnout


Super Burnout (Virtual Xpérience & Shen Technologies SARL, Atari Jaguar) - Lançado em 1995 exclusivamente no Jaguar, é um jogo de corrida com motos que utilizava gráficos em 2D, usando bastante dos efeitos de sprite scaling pouco visto em plataformas na época.

Em 1995, o 3D já estava dominando os Arcades e começando a invadir os consoles mas a empresa francesa decidiu utilizar sprites em 2D para mostrar os até então pouco mostrados efeitos de zoom e escala do Jaguar. Além do que o console não era grande coisa no 3D, era bastante parecido com o 32X sendo que capaz de fazer poligonos mais solidos, embora em menor quantidade.

São 6 motos disponíveis, separadas por categoria para correr em 8 pistas diferentes espalhadas pelo mundo nos seguintes modos: Single Race, Practice Mode e Championship Mode; nada de surpresas aqui. Há também um modo para 2 jogadores com tela dividida. O jogo roda a 60fps cravados, nunca diminuindo seja qual for a situação na tela.

Porém, pilotar a moto não é uma tarefa fácil já que o jogo é bem rápido e as pistas tem várias elevações, curvas e obstáculos no caminho e você vai ter que praticar bastante pra tirar em primeiro lugar em todas elas. Pelo video abaixo vocês vão entender melhor como funciona o efeito de zoom e scaling do jogo.

O que mais chama atenção no jogo, depois dos gráficos, é a trilha sonora: eles conseguiram manter uma qualidade de CD nas músicas, mesmo levando em consideração que o jogo é um cartucho que não passava de 64Mbit.

Algumas imagens e videos do jogo:





*Imagens gentilmente cedidas pelo site MobyGames.


E por hoje é só. O marketing da Atari focava muito em dizer que o Jaguar era 64-bit, porque o seu concorrente direto o 3DO foi o primeiro console 32-bit "de verdade" mas devido as limitações dos seus cartuchos pequenos, um hardware não muito fácil de ser trabalhado e inferior ao concorrente eles não conseguiram chamar atenção de muitas softhouses, sendo a maioria dos jogos do console feito por estúdios contratados pela própria Atari.

Não que o Jaguar seja ruim - ele está longe disso - mas o marketing feito pelo console era errado e os jogos "64-bit" não impressionavam tanto assim. Pra você ter idéia, o console era pouco mais potente do que o add-on do Mega Drive "32X", sendo que com um controle confuso e pouco funcional na maioria dos jogos.

Os cartuchos do Jaguar vinham em sua maioria com um layer que você encaixava no teclado numérico do controle e facilitava as ações como: no Doom, apertando certos um dos numéricos ele trocava para uma certa arma e no Battlemorph ele atirava um certo  tipo de arma sem precisar trocar no menu. Era uma idéia boa, mas os jogos sem muita profundidade e pouco chamativos fizeram com que essa idéia fosse por água abaixo.

Eis aqui uma foto do controle e embaixo 2 layers de Doom e Battlemorph:




Bom, sem mais delongas eu vou fechar o post de hoje. Deu pra vocês conhecerem ai algo mais sobre a história do Jaguar e esse jogo que pra mim é o terceiro melhor jogo do console, só perdendo mesmo pra Rayman e Alien vs Predator. Mas isso é outra história que fica pra próxima... Semana que vem podem aguardar que dessa vez será um outro jogo de corrida, só que de karts. O resto vocês já sabem...

Sigam-me os bons! \o\~~~~~~

3 comentários:

  1. q controle horrível -_-''

    jogo bonito, parece divertido, mas muito pouco para um console q se diz 64bit :P

    ResponderExcluir
  2. Conheço pouquíssimo do Jaguar, e é muito interessante conferir "novidades" como essa!

    Só observando eu diria que o jogo é mediano, mas comparando com outros jogos do console, realmente presumo que ele está entre os melhores da plataforma (como você disse)!

    Bem, pena que não há um emulador decente para testar essa bagaça...

    ResponderExcluir
  3. Não conhecia e fiquei com água na boca de vontade de jogar, pelo vídeo nota-se que é bem boa a quantidade de quadros, passando a sensação de velocidade sem perda de qualidade.

    Jaguar - interessante!

    ResponderExcluir